O Transcatarina encerra a 12ª edição como uma das mais competitivas, divertidas e especiais de toda a sua história. Protocolos de segurança foram cumprindo com rigor, permitindo a realização do mais charmoso rally do Brasil. Começou no último dia 27, e terminou no sábado (31), tendo a largada e chegada em Fraiburgo (SC), com pernoites nos municípios de Treze Tílias e Caçador. A edição reuniu cerca de 700 pessoas, vindas de 116 cidades e nove estados, sendo: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiânia e Espírito Santo. Dez passo-fundenses enfrentaram as adversidades da categoria Adventure, onde conquistaram o troféu de equipe destaque.
Chuva e adrenalina
No total, 195 veículos 4x4 se alinharam no grid e depois se espalharam pelo centro oeste catarinense. Eles estavam divididos nas categorias de competição (Máster, Graduados, Turismo, Turismo Iniciante e Turismo Light), e de passeio (Passeio Expedition, Passeio Radical 1 e 2, e Adventure 1, 2 e 3). Os participantes pediram tanto por chuva que no último dia ela chegou, para multiplicar as dificuldades e a adrenalina. O roteiro final passou por fazendas de reflorestamento de pinus e eucaliptos, pelas regiões de Caçador e Rio das Antas, até alcançar o Parque da Maçã, em Fraiburgo, onde foi colocado o pórtico da grande final.
Passo-fundenses entre as pedras e os rios
A turma de Passo Fundo foi além da prova de regularidade e optou pelos desafios da categoria Adventure. O objetivo é ‘apenas’ chegar ao destino. Mas para isso devem superar adversidades conhecidas e muitas surpresas. Na Adventure 3, a experiente dupla Sérgio Ricci e Ricardo Luiz Zanin representou Passo Fundo. Já na Adventure 2 foram oito participantes em três máquinas off-road. Carlos Antonio Brugnera, Heuliton Felipe Brugnera e Cassiano Chaves tripularam um Jeep Cherokee Sport. Outro, do mesmo modelo, teve Fabricio Amarante da Cunha, Felipe Fuentefria e Fermando Fuentefria. Já um Troller teve Matias Grazziotin e Germano Maritan.
Boas dificuldades
Carlos Brugnera voltou entusiasmado com o Transcatarina. Mas não reclama das dificuldades da prova. “Muita lama, trechos com buracos e boa parte na água, pois foram dois dias praticamente dentro de rios. O último dia foi mais difícil, entre Caçador e Fraiburgo. Era o mais curto, mas foi o mais pesado”. Para desbravar o trecho, os participantes contam com auxílio mútuo. “Tem que puxar com corda, empurrar ou escorar para continuar”, conta Brugnera. Não bastasse as adversidades do trecho, ainda surgem probleminhas mecânicos. “Nossa turma teve quebra de caixa da reduzida, barra solta e outros problemas. Mas a equipe de apoio é boa e no dia seguinte estávamos todos de novo na prova”.
Avaliação
O Transcatarina normalmente acontece no inverno. Este ano, porém, a pandemia mudou tudo e a prova foi na primavera. “Bem melhor sem o frio. O pessoal gostou”, avaliou. E como sempre, a turma volta fortalecida pelo companheirismo que ajudou enfrentar tantos obstáculos. “Valeu pelas amizades que a gente fez com o pessoal do Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas, Rio e São Paulo. No ano que vem, é bem provável que a gente volte”, completou entusiasmado Carlos Brugnera.