Fenômeno La Niña tende ser de rápida duração

Informação é de meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

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Previsão para os próximos meses é de condição de pouca chuva no Rio Grande do Sul (Foto: Arquivo/ON)Previsão para os próximos meses é de condição de pouca chuva no Rio Grande do Sul (Foto: Arquivo/ON)
Previsão para os próximos meses é de condição de pouca chuva no Rio Grande do Sul (Foto: Arquivo/ON)
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Os impactos do fenômeno La Niña no campo foram destacados pelo meteorologista Flávio Varone, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), no evento no Café com Inovação.

“Estamos com o La Niña agora, mas também não é tão preocupante assim. Em anos anteriores, já tivemos o fenômeno. É corriqueiro”, disse Varone. Conforme o meteorologista, a previsão para os próximos meses é de condição de pouca chuva no Rio Grande do Sul, principalmente neste novembro e em dezembro. “É normal para o período no Estado, principalmente na metade sul. A chuva diminui nesta época. No norte do Estado, em novembro, ainda há um percentual bom de chuva, mas, no geral, diminui. Então vai haver diminuição da umidade e da chuva”, acrescentou.

O pesquisador acredita que a redução da chuva no norte e noroeste do Estado preocupa mais, porque é uma área de produção agrícola e pode trazer problema no fim da primavera. “É uma condição que está presente, que exige atenção nesse sentido”, enfatizou.

Varone afirmou que, por enquanto, não há uma previsão de janeiro e fevereiro serem secos como no último verão. “A tendência é que tenhamos uma La Niña se concretizando até meados de janeiro, quando começa a entrar em declínio. No início do outono, as chuvas devem se normalizar. É uma La Niña rápida e fraca”.


Sistema próprio de monitoramento

Nos próximos meses, o Rio Grande do Sul terá um sistema próprio de meteorologia – o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) –, que vai gerar informação do tempo a partir uma rede de estações própria. "Futuramente, queremos gerar aplicativos de monitoramento e outros produtos para estarem na palma da mão do agricultor gaúcho”, adiantou Varone.

De acordo com o pesquisador, o projeto consiste, em um primeiro momento, na instalação, até dezembro deste ano, de 20 estações meteorológicas para monitoramento das condições de deriva do agrotóxico 2,4-D (já foram instaladas 17). Em outra etapa, serão instalados dois modelos meteorológicos. “Assim teremos o monitoramento e a previsão do tempo. Com isso vamos gerar produtos para todos os municípios do Rio Grande do Sul. Vamos gerar, além do índice de aplicação do 2,4-D, os mais diversos produtos como monitoramento da ferrugem da soja, algum produto para o arroz, a oliveira, uva, entre outras culturas”.

Varone informou que o sistema estará disponível gratuitamente para o produtor gaúcho no site da secretaria. “Vamos gerar também índices de temperatura e umidade para gado de corte e ovinos. No futuro, poderemos gerar dados específicos para determinadas culturas, conforme o interesse público. Com esse sistema, o Rio Grande do Sul ganha uma inovação dentro do setor climático”.

Ainda conforme o meteorologista, juntamente com esse projeto será implantado um modelo de previsão climática. “Precisamos de uma previsão de longo prazo. Vamos gerar uma para seis meses no Estado. No próximo verão, já vamos conseguir fazer o monitoramento automático, operacional, diariamente”, afirmou.

Varone abordou o tema “Clima: monitoramento e aplicações na agropecuária” no evento promovido pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapdr.


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