Brasil teve melhor desempenho na história das olimpíadas

Atletas brasileiros conquistaram 21 medalhas e colocaram o país na 12ª colocação dos Jogos

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Divulgação/COB Divulgação/COB
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A campanha brasileira na Olimpíada de Tóquio terminou com a melhor performance do país em uma edição de Jogos Olímpicos. O resultado no Japão representou um marco, um avanço cinco anos após sediar o evento. 

O quadro de medalhas mostrou o Brasil em 12º lugar, melhor classificação na história. Em 2016, a posição final do país foi 13º.

Segundo o critério de distribuição de medalhas de acordo com o naipe, o Brasil também superou a campanha em casa, até então a melhor em Jogos Olímpicos. A delegação conquistou exatamente a mesma quantidade de ouros e pratas que há cinco anos (sete ouros e seis pratas), mas obteve dois bronzes a mais (oito a seis). 

Estes dois bronzes foram a diferença também para registrar o maior número total de pódios do país em uma edição olímpica. Foram 21, contra 19 no Rio. “Entregamos o que tínhamos como meta, que era superar o Rio 2016. Estar em 12° lugar no mundo, numa competição com 206 países, é um índice importante. Tenho convicção que o trabalho foi feito com muito gosto, vontade e determinação”, disse o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, em entrevista coletiva.

Além de uma quantidade nunca antes vista, muitas das conquistas do Brasil representaram também feitos impressionantes ou inéditos.

 

Investimentos

No total, 13 modalidades diferentes medalharam para o país, outra marca inédita. Segundo dados divulgados pelo COB, o investimento para a Missão Tóquio 2020 ultrapassou os R$ 46 milhões. Agora, as premiações pelas medalhas chegarão a R$ 4,6 milhões. “Nossa preparação para Tóquio começou em 2013, com um custo total aproximado de R$ 65 milhões, sendo R$ 46 milhões esse ano. Esse custo teve o impacto do enfrentamento à pandemia e também uma variação cambial de dólar e euro que trouxe grande impacto para a nossa organização. E nós temos entregado os resultados esportivos. Foi assim no Pan de Lima, nos Jogos Mundiais de Praia, em Doha, e foi assim em Tóquio”, revelou o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.

O Comitê Olímpico também divulgou que chegou ao fim dos Jogos sem nenhum caso de Covid-19 na delegação. Segundo as informações do Comitê, dos 317 atletas que defenderam o país em Tóquio, 303 receberam pelo menos uma dose da vacina contra a doença e 259 receberam as duas.

 

Destaque em esportes estreantes

O skate, que estreou em Tóquio, rendeu três medalhas para o Brasil. A skatista Rayssa Leal, de 13 anos, se tornou a medalhista mais jovem da história olímpica do Brasil e a mais nova do mundo desde 1936. Ela foi prata na prova do street. Kelvin Hoefler, prata no skate street, que quando criança era obrigado a andar de skate dentro de casa porque sua rua era de terra, foi o primeiro medalhista do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O catarinense Pedro Barros, conquistou a medalha de prata na modalidade skate park, disputada no Centro de Esportes Urbanos de Ariak.

Surf

O Brasil também foi destaque no surf. Ítalo Ferreira, medalha de ouro é o primeiro campeão olímpico do surfe. A medalha veio na praia de Tsurigasaki, após uma emocionante disputa na final contra o japonês Kanoa Igarashi, que eliminou Gabriel Medina na semifinais.

 

Consolidação no box

Outro esporte em que o Brasil se destacou foi o box com três medalhas. Abner Teixeira, conquistou a medalha de bronze da categoria peso pesado masculino, entre 81 e 91 quilos. Hebert Conceição foi medalha de ouro na categoria peso-médio (69-75kg). Beatriz Ferreira, medalha de prata no boxe. A pugilista baiana de Salvador terminou em segundo na categoria peso leve do boxe feminino.

 

Medalha Inédita

Laura Pigossi e Luisa Stefani fizeram história ao conquistar a primeira medalha olímpica do tênis brasileiro. A dupla soube que participaria dos Jogos Olímpicos menos de uma semana antes do início do evento, graças ao gerente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Eduardo Frick, que inscreveu-as na lista de espera da chave feminina, e elas conseguiram uma vaga “surpresa” após uma realocação feita pela federação internacional da modalidade.

 

Rebeca fez história

Rebeca Andrade é a primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos. Ela foi ouro no salto e prata no individual geral. A ginasta superou lesões graves no joelho e cirurgias para conseguir a classificação a Tóquio-2020 e chegar ao maior momento de sua carreira nos Jogos Olímpicos. A última operação, em 2019, obrigou-a a ficar oito meses parada. Mas o adiamento dos Jogos de Tóquio-2020, devido à pandemia do coronavírus, lhe deu tempo para recuperar seu nível.

 

Conquistas

 Ouro - Italo Ferreira - Surfe

Ouro - Rebeca Andrade - Ginástica Artística (Salto)

Ouro - Martine Grael/Kahena Kunze - Vela (49er FX)

Ouro - Ana Marcela Cunha - Natação  (Maratona Aquática)

Ouro - Isaquias Queiroz - Canoagem (C1 1.000m)

Ouro - Hebert Conceição - Boxe (Peso Médio)

Ouro - Equipe masculina - Futebol

Prata - Kelvin Hoefler - Skate (Street)

Prata - Rayssa Leal - Skate (Street)

Prata - Rebeca Andrade - Ginástica Artística (Individual Geral)

Prata - Pedro Barros - Skate (Park)

Prata - Beatriz Ferreira - Boxe (Peso Leve)

Prata - Equipe feminina - Vôlei

Bronze - Daniel Cargnin - Judô (-66kg)

Bronze - Fernando Scheffer - Natação (200m Livre)

Bronze - Mayra Aguiar - Judô (-78kg)

Bronze - Laura Pigossi/Luisa Stefani - Tênis (Duplas)

Bronze - Bruno Fratus - Natação (50m Livre)

Bronze - Alison dos Santos - Atletismo (400m com Barreiras)

Bronze - Abner Teixeira - Boxe (Peso Pesado)

Bronze - Thiago Braz - Atletismo (Salto com vara)


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