Variante ômicron é detectada em 95% das amostras analisadas pela vigilância genômica no RS

Secretaria da Saúde emitiu alerta sobre a necessidade da vacinação infantil contra a Covid-19

Por
· 1 min de leitura
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

No atual cenário da pandemia no Rio Grande do Sul, 95% dos casos de Covid-19 analisados pela vigilância genômica da Secretaria da Saúde (SES) representarem a variante ômicron. Com a doença se alastrando entre crianças, o governo do Estado emitiu um alerta sobre a necessidade de pais e cuidadores levarem as os maiores de cinco anos para receber a vacina.

Na faixa etária de zero a 14 anos, durante todo o ano de 2020, houve o registro de 25,2 mil casos de Covid-19 no Estado, segundo o reporte da SES. Em 2021, para a mesma faixa etária, foram registrados 62,8 mil casos. Apenas no mês de janeiro, até a manhã de segunda-feira (31), são 23 mil crianças positivadas para Covid-19.

De acordo com a especialista em saúde da Política de Saúde da Criança da SES, Jeanice Cardoso, na maioria das vezes, as crianças apresentam quadros leves ou assintomáticos, por isso os números reais podem ser maiores. “Apenas de 2% a 3% das crianças complicam, mas em uma grande população esse índice é preocupante, principalmente sendo prevenível por meio da vacina. Não sabemos que sequelas a doença pode deixar nas crianças, que ainda estão com o corpo em formação. Por outro lado, as vacinas já têm segurança e eficácia comprovadas pela comunidade científica”, esclareceu Jeanice em entrevista à Agência EstadoRS.

Além disso, sendo assintomáticas, elas se tornam vetores da doença para pessoas mais velhas ou mais vulneráveis a complicações. “Ressaltamos o papel social da imunização, tanto para adultos quanto para crianças. A ação das vacinas é, principalmente, coletiva e menos individual”, completou.

Jeanice reitera, ainda, a importância de todo o calendário vacinal infantil: “Um grande aliado dos pais e cuidadores é a Caderneta da Criança, um documento que distribuímos a todas as maternidades e tem todas as ações para acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil, inclusive as vacinas que elas devem receber em cada época da vida”. A aplicação da vacina nas crianças também é essencial para o retorno às salas de aula transcorrer com tranquilidade e assegurar que não haja surto entre alunos, professores e comunidade escolar.

Até a manhã de ontem, o levantamento da Secretaria da Saúde apontou 49,4 mil crianças gaúchas vacinadas desde o começo da campanha de imunização.


Gostou? Compartilhe