Com 26º lugar em Pequim 2022, Sabrina Cass é a melhor sul-americana da história em Jogos Olímpicos no moguls

Brasileira de 19 anos encerrou participação do Brasil no esqui estilo livre neste domingo, 06, e leva aprendizados de sua primeira participação olímpica

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Divulgação/COBDivulgação/COB
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Neste domingo (6), Sabrina Cass terminou a prova de moguls do esqui estilo livre em Pequim 2022 em 26º lugar, com 62.20, e não avançou às finais da competição. Mas a brasileira, de apenas 19 anos, conseguiu uma marca importante. O desempenho é o melhor de um sul-americano na modalidade na história, superando o argentino Ignacio Bustamante, que em Albertville 1992, ficou na 30ª colocação, com 18.18. A atleta, filha de pai norte-americano e de mãe brasileira, disse que a estreia em Jogos Olímpicos, não foi da maneira que ela queria, mas comemorou o fato de poder ter representado o Brasil nos Jogos Olímpicos, algo que ela sempre sonhou. A própria atleta entrou em contato diretamente com a Confederação Brasileira de Desportos da Neve (CBDN) se oferecendo para defender as cores verde e amarela.

“Estou triste com minha prova hoje, mas feliz em poder estar aqui nos Jogos Olímpicos defendendo o Brasil. Pensei que ia conseguir melhorar o que eu tive dificuldade na primeira qualificatória. Nos treinos eu estava indo bem, mas na competição eu não consegui”, disse a atleta que cometeu um pequeno erro na saída do primeiro salto e acabou com a pontuação de 62.12. A nota foi descartada porque na primeira qualificatória, ela foi melhor e marcou 62.20.

Sabrina é a primeira atleta do Brasil a se despedir de Pequim 2022. Na última quinta, 03/02, ela disputou a primeira classificatória no Parque de Neve de Genting, na zona de Zhangjiakou, e ficou na 21ª colocação. As 10 primeiras avançaram diretamente para a final. Neste domingo, 06, mais 10 atletas iam para a terceira fase e Sabrina acabou ficando em 16º entre as 20 que buscavam as vagas. A campeã mundial júnior em 2019 quando ainda defendia os Estados Unidos, avaliou sua participação e acredita que a experiência em Pequim a ajudará nos próximos desafios.

“Eu levo muitas coisas de aprendizado. Acho que fiquei mais nervosa aqui do que nas Copas do Mundo, mas era quase a mesma coisa, porque todas as melhores atletas estão nas duas competições. Eu aprendi que não preciso ficar tão tensa. Já esquiei milhões de vezes, já fiz meus saltos muitas vezes. Então, vou levar isso comigo”, disse.

Na prova de moguls, a descida tem que ser feita no menor tempo possível e fazendo dois saltos com acrobacias. Uma pontuação final é dada de acordo com a técnica de esqui, as manobras aéreas e o tempo para completar o percurso. Antes dela, o Brasil só havia sido representado uma única vez no esqui estilo livre, só que na prova do aéreos, em Sochi 2014, quando Josi Santos ficou na 22ª colocação. Sabrina agradeceu o apoio que recebeu de todos os brasileiros.

“Muito obrigado a todos que torceram por mim. Agradeço a todos que me ajudaram a chegar aqui e sempre estiveram do meu lado”, completou.

O Time Brasil em Pequim 2022 conta com 11 atletas, sendo um reserva: a equipe de bobsled composta por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Rafael Souza e Jefferson Sabino (reserva); Jaqueline Mourão, Eduarda Ribera e Manex Silva, do esqui cross-country; Nicole Silveira, do skeleton; Michel Macedo, do esqui alpino; além de Sabrina Cass, do esqui estilo livre moguls. O único que ainda não está na China é Michel, que tem chegada prevista ao país no próximo dia 8.

Pequim 2022 é a nona participação brasileira em Jogos de Inverno, iniciada em Albertville 1992. No total, até Pequim, 35 atletas do Brasil, sendo dez mulheres, em oito esportes (esqui alpino, bobsled, esqui cross country, luge, snowboard, biatlo, esqui estilo livre e patinação artística), participaram da competição.

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