Manex Silva é o melhor sul-americano no Sprint do esqui cross-country em Pequim 2022

Brasileiro terminou à frente de outros três atletas da América do Sul. Jaqueline Mourão e Duda Ribera também competiram nesta terça-feira, (8) mas não avançaram para as quartas

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Divulgação/COBDivulgação/COB
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O Brasil teve três representantes na prova de Sprint do esqui cross-country nesta terça-feira, 8, em Pequim 2022. O melhor resultado do dia foi no masculino, em que Manex Silva, de 19 anos, foi o melhor sul-americano da prova, ao ficar em 71º entre 90 atletas, com 3:08.64 e 171.68 pontos FIS. Em termos de pontuação, esse é o melhor resultado de um brasileiro na modalidade em Jogos Olímpicos, superando Jaqueline Mourão em Vancouver 2010 (172.88) na prova de Distance. Além disso, Manex deixou para trás Franco Dal Farra, da Argentina, Yonathan Fernandez, do Chile, e Carlos Quintana, da Colômbia, e ficou à frente de atletas de países tradicionais nos esportes de inverno como Coreia do Sul, Eslovênia e Islândia.

“A prova foi bastante boa. Consegui fazer um bom sprint porque não perdi muito tempo em nenhum lugar da prova, o que é importante, e atravessei a chegada bastante rápido. Então, estou bastante feliz, também por ser o melhor sul-americano já que o Franco (Dal Farra, da Argentina) está muito forte nessa temporada. O resultado mostra que o Brasil pode estar à frente de países que tem neve como Argentina e Chile”, disse Manex.

O atleta nascido em Rio Branco, no Acre, que hoje reside na Espanha, acredita que ter feito outra prova em Pequim antes do Sprint, o ajudou a ter um desempenho na prova que, atualmente, é a sua favorita.

“Eu gostava mais do Distance até um ano e meio atrás, mas ultimamente, estou preferindo mais o Sprint. Ter feito o esquiatlo me ajudou porque no dia da prova, eu estava bastante nervoso, o dia todo, o tempo todo pensando na prova. Hoje, estava muito tranquilo. A prova é a minha favorita, mas ter competido antes me ajudou muito”.

Manex foi o último brasileiro a largar no circuito do Centro Nacional de Esqui Cross-country, em Zhangjiakou. Antes dele, Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera também disputaram a classificatória do Sprint e terminaram em 85º e 89º lugar, respectivamente. A prova marcou oficialmente o recorde de Jaqueline como a atleta brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos. Para Duda, aos 17 anos, foi a estreia no grande palco do esporte mundial.

“Foi muito legal estrear nos Jogos. Acordei muito nervosa e ansiosa, mas na hora da prova dei tudo de mim. Foi uma experiência única e eu amei estar aqui representando o Brasil com 17 anos. Foi muito diferente de Lausanne, os atletas são de outro nível, a estrutura... Fiquei surpresa”, disse Duda.

“Dei tudo o que eu tinha. Peguei a atleta da minha frente, o que ajuda um pouco porque você sabe que está tirando ponto dela, mas te tira um pouco foco da tua performance porque você olha para você, olha para a adversária. Sou uma atleta de 46 anos, não sou para prova de Sprint, mas consegui bater alguns países e isso me alegra muito”, disse Jaqueline.

Os esquiadores brasileiros não conseguiram avançar para as quartas-de-final da prova. Agora, eles voltam o foco para os outros desafios que terão ainda em Pequim 2022. Jaqueline e Duda ainda disputam as provas de 10km no próximo dia 10 e a de Sprint Por Equipes no dia 16. Já Manex volta ao circuito no dia 11 para a prova de 15km e encerra a participação na prova de 50km Largada em Massa.

“Agora é preciso descansar bem e fazer uma prova inteligente no 15km. No esquiatlo, eu comecei muito forte e morri na segunda volta. Vai ser importante aguentar um pouco nas primeiras voltas para poder terminar bem”, contou Manex.

“O sentimento de todas as provas nunca muda, tem sempre aquelas borboletas no estômago. Espero dar o meu melhor em todas as provas, estar bem física e psicologicamente, e poder dar o meu melhor”, contou Duda


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