O Fórum Social Mundial, que começa em Porto Alegre nesta segunda-feira, deverá reunir pelo menos cinco presidentes latinoamericanos para comemorar os dez anos do evento que nasceu em contraponto ao neoliberalismo, com a proposta de um “outro mundo possível” Na noite de terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar de um diálogo com a sociedade civil, para comemorar os 10 anos do evento e apresentar um balanço de seus sete anos de governo às organizações ligadas ao FSM. A organização do evento aguarda as presenças dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, da Bolívia, Evo Morales e do Paraguai, Fernando Lugo. Até o momento, apenas o novo presidente uruguaio, José Pepe Mujica, confirmou que participará do evento. O encontro entre presidentes acontecerá no Ginásio Gigantinho. Aliados históricos das ideias do Fórum Social, os presidentes deverão falar para uma plateia de até 15 mil simpatizantes da proposta altermundista: de estudantes a intelectuais criadores do evento. Para um dos criadores do Fórum, o empresário Oded Grajew, a presença de governantes não tira o “caráter apartidário” do FSM, previsto em sua Carta de Princípios. “O quadro político mudou desde a primeira edição do Fórum em 2001. Vários frequentadores do FSM estão hoje no governo e é importante que eles continuem participando porque queremos que as propostas daqui virem políticas públicas”, avalia. Na última edição do FSM, em 2009, em Belém, Lula, Chávez, Lugo, Evo e o presidente do Equador, Rafael Correa, também fizeram uma aparição conjunta, com críticas a instituições financeiras internacionais, ao mercado e aos países ricos. Na mesma semana, o presidente Lula vai ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). O presidente será o primeiro chefe de Estado a receber do Fórum Econômico o prêmio de Estadista Global, em uma homenagem marcada para a quinta-feira (29).
Agência Brasil
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Fórum Social Mundial comemora 10 anos
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