Escolas estaduais de Ensino Fundamental recebem, a partir desta semana, a matriz de alfabetização estabelecida pela Secretaria da Educação (SEC), por meio do Projeto de Alfabetização de Crianças com Seis e Sete Anos. No documento, estão estabelecidas as matrizes de habilidades e competências cognitivas necessárias para que os alunos estejam alfabetizados ao final do segundo ano de vida escolar.
O Projeto de Alfabetização se iniciou em 2007, no formato piloto, nos primeiros anos e em apenas algumas escolas da rede pública. No ano seguinte, as instituições participantes receberam a ampliação da iniciativa também para o segundo ano. Em 2009, a SEC estendeu o projeto para todos os estabelecimentos de ensino estaduais com séries iniciais. Com isso, 48.770 dos alunos do 1º ano, o equivalente a 75% das crianças matriculadas nesta série, estão sendo alfabetizadas a partir de metodologias de aprendizagem diferenciadas.
Durante o ano letivo, professores do 1º e 2º ano são capacitados dentro da concepção de cada metodologia de alfabetização oferecida pela Secretaria. As propostas pedagógicas são coordenadas por Instituto Alfa e Beto, de Minas Gerais; Instituto Ayrton Senna, de São Paulo; e Geempa, do Rio Grande do Sul. Os educadores recebem materiais de apoio didático e são orientados por tutores. Periodicamente, são promovidos encontros de formação continuada, visando à atualização permanente dos professores e à troca de experiências pedagógicas.
Ao final de cada ano letivo, os estudantes são avaliados para medir os resultados alcançados pelos métodos participantes ao final do 2º ano, em leitura, escrita e matemática. Os últimos números consolidados revelam que 87,8% dos alunos desenvolvem estratégias de leitura que permitem identificar tema, gênero e ideia principal do texto, lêem com fluência e compreensão e organizam razoavelmente as partes de um texto no momento de produzi-lo. Em matemática, 80,7% dos estudantes avaliados lêem e selecionam informações em tabelas e gráficos, identificam numerais, decompõem números, elaboram estratégias de cálculo mental, reconhecem placas de sinalização, entre outras habilidades.
"Esses resultados comprovam que toda criança que tem seu processo de alfabetização iniciado aos seis anos, aos sete já sabe ler e escrever. Assegurar escola para todos e alfabetização na idade correta é uma das políticas mais eficientes para garantir a permanência na escola e o sucesso de todos os alunos", afirma o secretário da Educação, Ervino Deon.
Agência de notícias do Governo do Estado
