Mantidos os índices de acidentalidade atuais, 2010 deixará 7% mais feridos e 35% mais mortos do que 2009. A constatação foi apresentada no I Encontro sobre Trânsito e Mobilidade Humana do Rio Grande do Sul, realizado pelo Detran/RS. O evento, que ocorreu no dia 17, em Porto Alegre, apresentou as estatísticas e percentuais que remetem a uma profunda reflexão sobre o tema.
O levantamento demonstrou que em cada cinco acidentes ocorridos nas vias e rodovias do Estado, seis pessoas são vitimadas. Foram 23,9 acidentes com vítimas até julho desse ano e aproximadamente 28,7 mil vítimas: 27,7 feridos e 1005 mortos. A grande maioria desses desastres, ao contrário do que se poderia supor em função do maior limite de velocidade permitido nas estradas, acontece nas vias municipais. Quarenta e um por cento dos acidentes com vítimas fatais e 83% dos acidentes com lesão acontece dentro das cidades.
O Detran/RS apresentou ainda um mapa da acidentalidade no Estado, que demarca os pontos mais críticos. O mapeamento apontou que um grupo de 27 municípios concentra 65% do total de vítimas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Caxias e Pelotas, que tem também as maiores frotas, possuem a maior concentração de acidentes. E, dentro destes municípios, a BR290, a RS122 e a Av. Duque de Caixas, respectivamente, mostraram-se as vias mais vulneráveis.
O evento foi promovido pelo Conselho Regional de Psicologia com o objetivo de estender a discussão, que já vem sendo realizada no âmbito da Comissão de Psicologia do Trânsito e Mobilidade Humana, para todos os profissionais e entidades ligados ao trânsito. A Comissão é constituída por psicólogos que atuam em CFCs, EPTC, Detran/RS, Sest/Senat, Instituto Zero Acidente, Movimento Gaúcho pelo Trânsito Seguro, Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Sindicato dos Psicólogos do RS, Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e Ande Bem - Instituto de Psicologia do Trânsito.
Com informações da Agência de notícias do Governo do Estado