A mortalidade infantil registra queda no Rio Grande do Sul, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (23) pelo Governo do Estado para o ano de 2009. Conforme o Núcleo de Informações em Saúde, vinculado à Secretaria da Saúde, de janeiro a dezembro o número de nascidos vivos ficou em 133.570 e o de óbitos em menores de um ano, em 1.539. Assim, o coeficiente de mortalidade infantil (CMI) para o Estado é de 11,52 óbitos para cada mil nascidos vivos, uma redução em comparação com o índice de 2008, que foi de 12,70.
Diversas frentes de atuação do Governo Estadual contribuem para a redução verificada, entre as quais o programa Primeira Infância Melhor (PIM), que realiza um trabalho sistemático de atendimento às famílias. As gestantes recebem incentivos para a realização de um pré-natal de qualidade, e as crianças, nos seus primeiros momentos de vida, têm seu desenvolvimento monitorado. Executado em parceria com os municípios, o PIM integra os Programas Estruturantes Saúde Perto de Você, Emancipar e Nossas Cidades, neste último por meio do Programa de Prevenção da Violência (PPV).
Também a Central de Regulação de Leitos, vinculada ao Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria da Saúde, tem importante papel nesse resultado. Responsável por todas as internações de crianças em UTIs neonatais e pediátricas desde a metade de 2008, a Central tem mais de 2 mil casos regulados até o momento, com um índice de resolução de 98%. A Central ainda atuou fortemente na epidemia de gripe A (H1N1).
Por intermédio das seções Saúde da Criança e do Adolescente e Saúde da Mulher, o Governo Estadual intensificou as ações de qualificação à atenção ao pré-natal. Houve uma reorganização no atendimento à gestante, proporcionando, pelo menos, seis consultas durante a gravidez e uma após o nascimento, ampliando o acesso aos exames. Também a rede de hospitais foi qualificada, e pediatras que atendem partos foram capacitados em técnicas de reanimação em quase todas as Coordenadorias Regionais de Saúde. Em parceria com a Central de Regulação, todos os bebês prematuros nasceram em hospitais com UTI neonatal. No momento, o Governo está propondo a criação de ambulatórios hospitalares para garantir o acompanhamento dos prematuros egressos de UTIs neonatais.
Outra inovação foi a implantação do Comitê Estadual de Perinatologia, para identificar as causas de óbitos materno-infantis. A unidade onde ocorre óbito do bebê com mais de 2,5kg na primeira semana de vida recebe a visita de um auditor do Estado para que informe os procedimentos que expliquem a morte. O Governo Estadual, ainda, validou o fornecimento de medicamento que previne doenças respiratórias (bronquiolites).
Com informações da Agência de notícias do Governo do Estado