Emater apresenta experiência em alimentação escolar

A alimentação escolar é abordada como forma de fortalecer os pequenos agricultores

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A Casa da Família Rural, no Caminhos da Integração, recebeu, no sábado, o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, Gilmar Tiethböld, o adjunto, Ony Lacerda, a presidenta da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo, entre outras autoridades. O grupo conheceu a experiência em alimentação escolar que está em andamento em Tapes, onde as escolas estão incorporando em seu cardápio receitas mais nutritivas e saudáveis, como a de bolo de feijão.

O bolo de feijão é servido desde maio nas escolas municipais, estaduais e nas creches de Tapes e faz sucesso entre as crianças. “Os estudantes adoram porque não sentem o gosto de feijão. Se você não conta todos pensam que é de chocolate”, revelou a extensionista da Emater/RS-Ascar do município, Franciele Ávila. Segundo a nutricionista da prefeitura, Elisa Cezar, apesar do sabor similar ao do bolo de chocolate, o de feijão é substancialmente mais rico em nutrientes, como fibras, ferro, proteínas e carboidratos complexos.  

Além de Tapes, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Barra do Ribeiro, Barão do Triunfo, Sertão Santana e Sentinela do Sul vão trazer, para o Caminhos da Integração, receitas de bolo de mel, pizza de arroz com cobertura de legumes, bolo de laranja, torta salgada de aipim, cuca rápida de morango e pão de batata-doce, que foram incluídas na alimentação dos estudantes. Quem passar pela Casa da Família Rural vai poder conversar com os representantes destes municípios e ainda conhecer e provar as receitas.

Segundo a coordenadora da Casa da Família Rural, Elisângela Froehlich, a alimentação escolar está sendo abordada para fortalecer a agricultura familiar, gerar renda, melhorar a qualidade dos alimentos servidos aos escolares, bem como despertar hábitos alimentares ligados à cultura alimentar de cada um dos municípios. Ela salienta ainda que esta temática é destaque tendo em vista que, até o final do ano, as escolas deverão se adaptar a Lei n° 11.947 (de 16 de junho de 2009), onde o agricultor pode fornecer produtos para a alimentação escolar sem licitação, sendo que, do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.

“Com esta nova legislação todos ganham com a alimentação escolar. Para o agricultor é uma excelente possibilidade de comercializar seus produtos, no próprio município, sem custos secundários com transporte. Para os escolares, é uma possibilidade de qualificar sua alimentação, com alimentos frescos, saudáveis, diversificados e sintonizados com seus costumes alimentares; para o município, é um estímulo ao desenvolvimento rural e para o ambiente, é uma possibilidade de educação agroecológica e recuperação dos microssistemas ecológicos”, avalia Elisângela

Agricultura Familiar é destaque
Foi aberto oficialmente, ontem, o pavilhão de Agricultura Familiar na 33ª Expointer. A solenidade contou com a presença do secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, Gilmar Tietböhl, do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Elton Weber além de representantes de entidades parceiras do setor. O secretário destacou o sucesso dos produtores do pavilhão, dizendo que o trabalho destas famílias tem contribuído para o desenvolvimento do Estado. "A tendência é crescer e aumentar o número de negócios a cada edição da Expointer", salientou Tiebohl que, no final do discurso desejou boas vendas aos expositores.

Já o presidente da Fetag parabenizou o trabalho dos expositores do pavilhão, falando que graças às parcerias de agricultores e entidades o Programa Agricultura Familiar tem progredido e atendido um maior número de famílias. "Graças aos produtores da agroindústria e artesanato estamos há mais de 12 anos comercializando dentro da Expointer".
Comercialização

A comercialização de animais durante a Expointer 2010 já está em R$ 3,2 milhões, com a venda de 117 equinos da raça Crioula. Em leilão realizado no sábado, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), foram comercializados R$ 1,3 milhão,  superando as expectativas dos organizadores da feira. Antes da abertura oficial da 33ª edição da Expointer, as vendas da raça estavam em R$ 1,8 milhão, com os leilões realizados nos dias 26 e 27 de agosto.

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