O homem responsável pelo maior cárcere privado da história do Rio Grande do Sul irá a júri popular. A decisão anunciada nesta terça-feira, 1º, é da 1ª Vara Criminal de Canoas, que acolheu integralmente denúncia oferecida em março do ano passado pelos promotores de Justiça Giselle Soares e Sérgio Harris. Entre os dias 12 e 15 de fevereiro de 2010, o vigilante Rodrigo Luciano Luz manteve sua ex-companheira como refém em Canoas por mais de 69 horas. A motivação teria sido a descoberta de um novo relacionamento da vítima. Ele responderá por tentativa de homicídio qualificada, cárcere privado, violência sexual contra a mulher, receptação de veículo furtado e adulteração dos sinais identificadores do automóvel.
O caso teve grande repercussão na mídia. Após longas horas de negociação com integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais da Brigada Militar, o homem exigiu a presença da Imprensa para se entregar. Mais de 69 horas após o início do cárcere privado, Rodrigo Luz libertou a ex-mulher e foi preso pelos policiais. Atualmente, o homem aguarda o julgamento recolhido no Presídio Central. A defesa do réu tem prazo de cinco dias para recorrer da decisão desta terça-feira.
MP