Jovem que confessou ter matado 12 pessoas é libertado

Jovem foi preso com 16 anos

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

 

O adolescente que confessou ter matado 12 pessoas, no Vale do Sinos, ganhou liberdade na manhã desta sexta-feira. Ele estava internado no Centro de Atendimento Socieducativo (Case) de Novo Hamburgo, desde 2008. Por ter completado três anos de reclusão, precisou ser solto. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), "em nenhuma hipótese", o período máximo de internação pode passar de três anos. A polícia concluiu 11 inquéritos envolvendo o jovem, sendo sete de assassinatos. 

Aos 16 anos, o jovem foi preso em Novo Hamburgo, em março de 2008. Até mesmo policiais experientes se impressionaram com a frieza dos relatos dos crimes e com a falta de sentimento de culpa. No último assassinato o garoto teria executado com cerca de 20 tiros o comerciante Elucio Ramires, 39 anos, no bairro Santo Afonso.

De acordo com o titular da 4ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, delegado Enizaldo Plentz, o adolescente confessou inicialmente ser o autor de 12 ou 13 mortes. Entretanto, o jovem voltou atrás, depois de ser orientado pelo advogado e pelos pais que o acompanhavam na delegacia. No depoimento prestado na época ao delegado, ele teria confessado seis assassinatos, cuja sequência teve início no segundo semestre de 2007.

Para cometer os crimes, segundo a polícia, o adolescente tinha um modo de ação característico. "O primeiro tiro era sempre certeiro, de preferência na testa. Depois, ele descarregava a arma no cadáver", explicou o delegado. O jovem afirmou que o motivo dos crimes não tinha relação com dinheiro e que ainda pretendia matar outras três pessoas.

O adolescente teria contado ainda que todos os assassinatos foram cometidos para vingar supostos atos praticados contra ele e seus familiares. O comerciante morto, por exemplo, teria dado um tapa na cara do jovem. Um dos crimes teria ocorrido fora dos limites de Novo Hamburgo, em dezembro de 2007, em Dois Irmãos. 

As informações são do Correio do Povo

 

Gostou? Compartilhe