Sucessão familiar é mostrada em roteiro teatral interativo

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Tendo por cenários duas propriedades da agricultura familiar com áreas iguais, porém com lógicas diferentes, atores do grupo de teatro Leva Arte, dirigido por Derli dos Santos, encenam na Expodireto Cotrijal 2011 um roteiro interativo cheio de improvisações sobre um tema atual e importante para o setor: a sucessão familiar.

A encenação aconteceu no Espaço da Família Rural, da Emater/RS-Ascar.  Os atores receberam orientações dos técnicos da Emater/RS-Ascar dos municípios de Victor Graeff, Mormaço, Casca, Vila Maria e Marau, para atuarem com linguagem verbal adequada ao público dos agricultores. “As duas famílias, de um casal sem filhos e de um casal com filha e genro, são comparados nas atividades econômicas e sociais, ressaltando-se como fator decisivo para o futuro que se trabalhe e planeje também com os novos integrantes do núcleo familiar, com os jovens apontando para a sucessão familiar e permanência na terra”, explica o extensionista do escritório da Emater/RS-Ascar de Victor Graeff, Alessandro Davesac.

“O fato de os mais velhos aceitarem novas opiniões e sugestões dos mais jovens, com entendimento e diálogo sobre a propriedade legal da terra inclusive, é decisivo para que surja o aperfeiçoamento e o desenvolvimento de todas as atividades, vencendo as resistências naturais”, completa Davesac.

No roteiro teatral, a primeira propriedade (do casal sem filhos) concentra suas atividades principalmente na transformação da produção para agregação de renda; a segunda propriedade, que acolheu as novas sugestões do genro, tenta melhorar as rotinas de trabalho sem precisar investir grandes somas financeiras, fazendo a opção por atividades como a horticultura.

“Ela representa a reorganização da matriz produtiva pela influência de uma pessoa (o genro)”, conta o técnico Ivan Pasa, do escritório da Emater/RS-Ascar de Vila Maria. Na lógica desta propriedade, a produção olerícola atinge mercados alternativos, procura operar com baixos investimentos, mão-de-obra familiar, tem foco na segurança alimentar, acessa linhas de crédito e mercados instantâneos, promove a qualidade da moradia e o embelezamento de arredores, faz reserva legal, integração agroflorestal, tem cultivo de fruticutura, entre outros.

“O ponto chave é a sucessão familiar, quem vem é visto como colaborador e não como concorrente”, aponta Ivan Pasa. “Muitos se identificam com as propriedades porque o teatro dá vida às casas e personifica facilmente muitas das tendências dos agricultores”, diz o extensionista.

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