Natália Fávero/ON
A meta da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa é imunizar 323 mil bovinos e bubalinos na região da 11ª Coordenadoria Regional de Inspetoria Veterinária de Passo Fundo que compreende 35 municípios. Só em Passo Fundo, a expectativa é vacinar 16,4 mil animais. Serão disponibilizadas 303 mil doses. As vacinas serão entregues gratuitamente para os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em 35 locais de atendimentos da inspetoria. Os produtores que não fazem parte do programa podem adquirir as doses nas agropecuárias credenciadas.
A Inspetoria Veterinária entregará 293 mil doses da vacina e outras 10 mil sobraram da campanha do ano passado e estavam estocadas. As 303 mil doses serão entregues gratuitamente para os produtores que têm até 50 animais e estão enquadrados no Pronaf. Aqueles que não estão no programa deverão adquirir as doses nas agropecuárias credenciadas a preço de R$ 1,60, aproximadamente.
O supervisor regional da Inspetoria Veterinária, Henrique Hessel Bueno disse que a vacina tem um grande impacto de ordem econômica. Caso não haja a imunização, o Estado fica impedido de exportar para fora do país e o consumo e comercialização interna de produtos animais também se tornam restritos. Além disso, a área vegetal também pode ser afetada porque o vírus é capaz de se alojar em qualquer estrutura.
Multa para quem não imunizar o rebanho
Bueno explicou que no final da campanha, no dia 31 de maio, é divulgado um relatório com a relação dos produtores que efetivaram a imunização e os que estão em débito com a campanha. “Quem não vacinar até o prazo estabelecido será notificado e terá um período de três dias para apresentar a nota comprovando a vacinação. Após esse prazo, os produtores poderão receber um auto de infração e multa de 20% do total de animais que possui”, explicou o supervisor regional da inspetoria.
Campanha permanente contra a aftosa
O último caso de aftosa foi registrado há dez anos em Jóia e Rio Grande. Atualmente, o Rio Grande do Sul está livre da doença com a vacinação, mas o Estado está trabalhando para atingir o status de livre sem vacinação. “O Estado vem trabalhando através dos índices vacinais e está fazendo o acompanhamento sorológico. Baseado nesses estudos e dados pretende-se buscar junto ao Ministério da Agricultura, o status livre de aftosa sem vacinação”, salientou Bueno.
A primeira etapa, realizada em maio desse ano pretende imunizar todos os animais do rebanho. A segunda etapa que acontecerá em novembro imunizará os animais de um dia de vida até os que têm 24 meses.
O que é febre aftosa?
É uma febre vesicular que causa aftas impedindo a alimentação. O animal começa a perder peso e tem febre podendo levar a óbito. O produtor fica impossibilitado de vender a carne e o leite causando prejuízos econômicos.
