Dálci e Cassio Filipetto deixaram a Delegacia da Polícia Federal, em Passo Fundo, no final da manhã, e já retornaram ao presídio da região. Durante o depoimento, os dois permaneceram calados, sem prestar qualquer informação sobre o suposto envolvimento no esquema de compra de remédios e equipamentos hospitalares comandado a partir da cidade onde vivem, Barão de Cotegipe, no Norte gaúcho. Agora, o destino de pai e filho, pelo menos nos próximos dias, depende da Justiça que vai decidir se concede ou não a liberdade à dupla. Um pedido de habeas corpus já foi protocolado.
As prisões começaram ainda na segunda-feira e 62 suspeitos foram pegos. Entre eles, doze secretários municipais (dois gaúchos) e 30 servidores públicos. Destes, 60 já foram liberados. Dois servidores permanecem foragidos.
A Polícia Federal aguarda, agora, o trabalho de peritos que vão analisar centenas de documentos, memórias de computadores e anotações apreendidas durante a Operação Saúde. A ideia, segundo a delegada federal Gabriela Trolle, é descobrir onde está o dinheiro desviado pelo poderoso núcleo formado por três empresas do município de Barão de Cotegipe, que gerenciava até 15 empresas envolvidas no esquema. Uma delas, em dois anos, teria movimentado até R$ 110 milhões, dinheiro que seria destinado a saúde pública.
Fonte: Rádio Guaíba