Com excedente de produção registrado na última safra, o arroz poderá fazer parte da alimentação animal, especialmente de aves e suínos. A proposta foi discutida na tarde desta quarta-feira, na secretaria da Agricultura, com representantes das cadeias produtivas do arroz, aves e suínos, em reunião coordenada pelo secretário Luiz Fernando Mainardi. O cereal substituiria o milho, hoje importado pelo Estado.
O debate faz parte da busca de alternativas para ampliar o aproveitamento do arroz e influenciar no aumento dos preços. O baixo preço do grão provoca uma das piores crises que a lavoura orizícola já enfrentou. A análise da proposta ainda será aprofundada antes de ser levada ao governador Tarso Genro.
O Rio Grande do Sul importa de outros Estados cerca de um 1,5 milhão de toneladas de milho para a produção de rações, que poderia ser substituída por 1,8 milhão de toneladas de arroz para se obter a mesma produção. Em função dos estoques nacionais de milho estarem baixos e haver superprodução de arroz, o secretário Mainardi acredita que a medida resolveria dois problemas de uma vez: "Sob o ponto de vista técnico nutricional, a substituição de um pelo outro aponta uma equivalência. Vamos buscar encontrar uma equação econômico-financeira que permita viabilizar a substituição".
Agência de notícias do Governo do Estado