MP quer afastar drogadição dos presídios

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A primeira inspeção anual realizada pelo Ministério Público em mais de mil estabelecimentos prisionais do país, apontou, entre os problemas mais evidentes, a falta de atendimento a usuários de drogas. Drogas que, aliás, estão diretamente relacionadas à grande parte dos crimes cometidos por quem está detido. Para se ter uma ideia, um estudo feito com presos do Rio Grande do Sul pelo mestre em psicologia Rafael Stella Wellause, na Faculdade de Psicologia da Ufrgs, apontou que em pelo menos metade dos crimes ou delitos praticados o autor havia consumido alguma droga durante aquela semana.

Essa realidade motivou a instauração de um inquérito civil pelo Ministério Público, com o objetivo de investigar e fomentar a assistência a dependentes químicos de álcool e drogas no sistema penitenciário gaúcho. “Não adianta prender e soltar o dependente sem oferecer possibilidades e tratamento, dentro e fora da prisão”, explica a promotora de Justiça responsável pelo inquérito, Cynthia Jappur. Como resultado, foi enviada uma recomendação à Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), para a implementação de um plano de prevenção e tratamento da dependência química à população carcerária, destinando uma estrutura específica no sistema para os presos que desejam a reabilitação. “Na investigação ouvimos depoimentos de presos dependentes de álcool e drogas que querem se tratar, mas não há estrutura para isso”, destaca Cynthia.

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