Luta pela partilho do pré-sal marca reunião do Codesul

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A luta pela partilha justa dos royalties do pré-sal superou barreiras partidárias e atravessou as divisas estaduais para unir líderes políticos de todas as ideologias e os governadores dos quatro Estados que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). Em ato realizado nesta quinta-feira (29), no Palácio Piratini, os governadores Tarso Genro (RS), João Raimundo Colombo (SC), Carlos Alberto Richa (PR) e a vice-governadora do MS, Simone Tebet, lançaram a Carta de Porto Alegre, documento no qual os chefes de Estado afirmam uma "posição unificada em defesa da justiça na distribuição da receita dos royalties advindas da exploração do petróleo". 

O anúncio marcou a união dos esforços dos quatro governadores para pressionar o Senado Federal, com vistas à derrubada do veto do ex-presidente Lula à emenda Ibsen, na próxima quarta-feira (5), ou a um acordo que contemple os demais Estados. Presidente do Codesul, o governador Tarso Genro ressaltou o caráter suprapartidário da campanha do pré-sal, superando interesses ideológicos ou regionais. "A presença de todos os partidos neste ato comprova esse nosso amadurecimento político em torno dessa causa, que é de todos". Tarso alertou que, independentemente da decisão adotada pelo Senado na próxima semana, o debate irá continuar. "Por isso, teremos que estar alertas, unidos e participantes neste processo". 

Falando em nome dos demais integrantes do Codesul, Tarso apontou a emenda de Ibsen Pinheiro como um ponto de partida para as negociações, apesar de questionar alguns pontos do projeto. "Não fechamos nenhum alinhamento com a nova proposta do Governo Federal. Nosso ponto de partida é a emenda Ibsen, que encaminha uma distribuição igualitária. Se a emenda não for consolidada, a proposta federal é um avanço, mas ainda insuficiente". 

Tarso Genro também enfatizou que os governadores do Codesul não reconhecem nenhum privilégio aos Estados produtores pelo fato de possuírem as jazidas localizadas nos seus território. "Aceitamos uma compensação para fazer frente a questões de infraestrutura para os estados produtores, mas não aceitamos a partilha do pré-sal nos parâmetros atuais", frisou.

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