Ciclistas cobram mais ciclovias e respeito por parte de motoristas

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A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa, presidida pela deputada Juliana Brizola (PDT), realizou, nesta manhã (4), audiência pública que discutiu o assunto Ciclismo: as dificuldades e os desafios do ponto de vista esportivo e logístico. A reunião foi um pedido do deputado Catarina Paladini (PSB). “Tivemos aquele caso muito grave do atropelamento dos ciclistas em Porto Alegre. Então apresentei este pedido para que pudéssemos debater e buscarmos alternativas tanto na área da infraestrutura como na da educação”, disse Catarina.

A ideia foi saudada e obteve o apoio da deputada Marisa Formolo (PT), que também se disse estarrecida com o que aconteceu no caso dos ciclistas atropelados na capital gaúcha. “Temos este problema flagrante de falta de educação, de humanismo, ao querer colocar o automóvel acima da vida das pessoas. Mas também temos vários problemas gerados pela falta de estrutura, de investimentos em ciclovias e ciclofaixas”, ressaltou a deputada.

 

Marcos Lorenz, da Federação Gaúcha de Ciclismo, pregou maior respeito, tanto pelo ser humano quanto pelas leis de trânsito e ressaltou o fato da bicicleta ser considerada um veículo. “Temos grandes exemplos aqui no RS, como Sapiranga e, principalmente, Campo Bom, que têm mais de 30 quilômetros de ciclovias e um respeito muito grande aos usuários de bicicletas. Em Porto Alegre, vejo que existe um pouco de falta de vontade das autoridades. Somos 30 mil pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte e só não somos mais por falta de incentivos”, afirmou Lorenz.

 

Manoel Alves, da Associação de Esportes de Pelotas, comentou que os exemplos deveriam começar pelos serviços públicos e reclamou que ao chegar na AL não havia bicicletários e não queriam deixá-lo entrar com o veículo. “Talvez não exista uma grande preocupação por considerarem que somos poucos, mas quem sabe se houvesse mais estrutura e uma cultura mais voltada para formas alternativas de transporte, isso não poderia ser diferente”, disse. 

 

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