Estiagem não oferece risco à navegação no Rio Grande do Sul

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A estiagem não coloca em risco a navegação de grande porte nas principais hidrovias do Estado. Um levantamento feito pela Marinha, que comprovou a segurança da navegabilidade nos principais canais do Estado, foi tema de reunião na manhã desta sexta-feira (16) na Superintendência de Portos e Hidrovias.

O estudo feito pela Marinha tem caráter preventivo, especialmente no que diz respeito ao balizamento das rotas de navegação, a fim de evitar riscos aos navios. O Guaíba tem uma característica peculiar em razão de ser a foz dos rios Jacuí, Caí, Gravataí, Taquarí e Sinos. "Isso nos deixa em uma condição relativamente tranquila. Não temos registros de encalhe nem mesmo de redução de calado para acesso de navios de longo curso. Portanto, não há preocupação com relação a prejuízos para a navegação", afirmou o superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos. 

O comandante da Praticagem da Lagoa dos Patos, Geraldo de Almeida, afirmou que a navegação está normal tanto na lagoa quanto no Guaíba e que não há motivos para preocupações. "O nível de nossas hidrovias depende não apenas da quantidade de chuva, mas dos ventos que represam ou não a água nos canais. O que estamos vendo hoje é uma situação totalmente normal e que não afeta em nada a navegação", disse. 

"A estiagem é um fenômeno climático normal, considerado um problema sazonal e que não deve afetar a chegada e saída dos navios", afirmou o capitão de Fragata Jayme Tavares Alves Filhos, titular da Delegacia da Capitania de Portos de Porto Alegre. Participaram da reunião representantes dos comandos da Delegacia da Capitania dos Portos de Porto Alegre e da Praticagem da Lagoa dos Patos, Rios, Portos e Terminais Interiores do RS. 

Calado do Guaíba 
O Guaíba tem um calado oficial de 17 pés, o equivalente a 5,18 centímetros, mais 50 centímetros de "pé de piloto"- folga entre o fundo do canal e casco de um navio de grande porte - acréscimo determinado para garantir a segurança da navegação de longo curso. 

A medida do calado na hidrovia Porto Alegre Rio Grande é feita a partir do zero hidrográfico registrado com 10 centímetros abaixo do nível médio do mar. "Na medição de hoje (16) pela manhã, estávamos com 47 centímetros acima, a partir do zero hidrográfico, o que ainda nos deixa numa situação tranquila de navegação. Com a mudança do clima e as chuvas que ocorreram próximas às nascentes dos rios que desembocam no Guaíba, certamente esse nível deve se alterar", explicou o Vasconcelos. 

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