Codesul quer ações conjuntas contra aftosa

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Os secretários da Agricultura dos quatro estados que integram o Conselho de Desenvolvimento da Região Sul (Codesul) vão reivindicar à presidenta Dilma Roussef que o País lidere um movimento de unificação e atuação conjunta dos organismos de defesa sanitária no âmbito da América Latina. A posição foi defendida pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, em reunião realizada na tarde desta sexta-feira, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

O encontro, que contou com a participação do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e do governador sul-matogrossense, André Puccinelli, serviu para que os secretários e responsáveis pelos sistemas estaduais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul fizessem uma avaliação das repercussões do segundo foco de aftosa constatado no Departamento de São Pedro, no Paraguai. A posição foi defendida por Mainardi e aprovada pelos demais participantes. “Quanto mais nos afastarmos, agora, do Paraguai, mais aproximamos de nossas fronteira o problema”, explicou Mainardi, reforçando que um foco em qualquer um dos países deve ser tratado como um problema da América do Sul.

“Temos que agir de forma integrada”, acrescentou o secretário gaúcho, Mainardi pregou, ainda, uma ação conjunta, envolvendo o Brasil, a Argentina, o Paraguai e a Bolívia, num esforço para aumentar os índices de cobertura vacinal na região, especialmente nos dois últimos países. “Além disso, também devemos continuar realizando ações de educação sanitária, procurando aumentar ainda mais o nível de consciência dos produtores, e continuar qualificando os serviços de vigilância sanitária”, explicou.

Defendeu também a rastreabilidade como forma de estabelecer controles mais rígidos e eficientes sobre a movimentação de gado. Segundo ele, o estado inicia no segundo semestre um programa obrigatório de colocação de brincos e chips no rebanho gaúcho que, ao cabo de cinco anos, deverá estar todo rastreado. Com isso, assegura, fica mais fácil o controle do trânsito de animais, diminuem-se as possibilidades de contaminações, além de ampliar as condições para o combate do abigeato e do abate clandestino. Os secretários também solicitarão reforço de R$ 10 milhões de reais para cada um dos quatro estados, visando ampliar os investimentos no controle da febre aftosa.

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