Um mutirão formado por cerca de 50 pessoas prossegue nesta sexta-feira (27) com a limpeza e retirada dos resquícios do óleo derramado na praia de Tramandaí. O trabalho começou ainda no final da tarde de quinta-feira (26) e se estendeu por toda a madrugada, em uma operação que envolveu cerca de 250 profissionais da Transpetro e do Centro de Defesa Ambiental (CDA). A operação é acompanhada por técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Defesa Civil do Estado e Secretaria Estadual da Saúde.
O óleo atingiu uma área de cerca de 3,5 km entre a barra da lagoa e a plataforma de Tramandaí, no centro do balneário. A praia não foi interditada, mas a orientação é que os banhistas evitem a aproximação para não atrapalhar o trabalho de retirada da areia contaminada. Como a maior parte do produto foi removido ainda durante a madrugada, o trabalho agora se restringe a pequenos focos onde ainda há gotículas de petróleo depositadas na areia.
O técnico da Fepam que acompanha as ações, Diego Hoffmeister, elogiou a agilidade do plano de emergência da empresa. "O trabalho foi muito eficiente e a área foi rapidamente recuperada, reduzindo bastante o impacto ambiental", avaliou. Pela manhã, o delegado regional da 18ª Coordenadoria da Saúde, Luis Genaro Fígoli, esteve no local e descartou possíveis danos à saúde da população. De acordo com o coordenador da Defesa Civil no litoral norte, major Gilcei Leal da Silva, Tramandaí foi o único balneário atingido pelo derramamento, mas ainda há focos em alto-mar. "Recebemos a informação de uma mancha nas proximidades de Xangri-lá". À tarde, a Fepam realizará um sobrevoo para identificar a extensão dessa mancha.
O acidente ocorreu por volta do meio-dia de quinta-feira (26), quando um navio descarregava petróleo em uma monoboia da Petrobrás Transporte S.A. (Transpetro) a cerca de seis quilômetros da costa. Um dos mangotes se rompeu durante o descarregamento, fazendo jorrar o óleo no mar. A Companhia estima a quantidade derramada em 1,2 mil litros.
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