Com o objetivo de reduzir os riscos de agravos à saúde sobre as populações atingidas por estiagens, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) elaborou um protocolo técnico com uma proposta de atuação para a rede de saúde do SUS nas regiões afetadas. O documento foi produzido por técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e do Departamento de Ações em Saúde (DAS) da secretaria, em um trabalho coordenado pelo Núcleo de Vigilância de Eventos Ambientais Adversos à Saúde.
Entre as preocupações da SES que motivaram a elaboração do protocolo estão as consequências para a saúde da escassez e do comprometimento da qualidade da água, além do impacto severo sobre as atividades produtivas, principalmente as de subsistência. As orientações visam à mobilização dos gestores e profissionais de saúde para identificar as populações vulneráveis, apontar os riscos e desenvolver as ações necessárias para controle dos mesmos, que incluem desde a garantia da qualidade dos alimentos até o reforço da vigilância de doenças e agravos.
Também são detalhadas no documento medidas de prevenção à doença diarréica aguda, problemas de pele e respiratórios e ataques de animais peçonhentos e roedores, que devem ser amplamente divulgadas pelos órgãos de saúde junto à população atingida.
O protocolo foi encaminhado às 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), que repassam diretamente aos municípios, e propõe um trabalho integrado entre as Secretarias Municipais de Saúde, as CRSs e a SES, por meio da criação de Grupos de Trabalho que acompanhem os casos de estiagem até o seu encerramento.