A escassez de chuvas no Rio Grande do Sul tem prejudicado o desenvolvimento das principais culturas agrícolas, entre as quais se destacam o arroz, feijão, soja e milho. Além dos impactos diretos decorrentes da estiagem, como a diminuição da oferta de grãos no mercado e da renda dos produtores, os efeitos negativos disseminam-se por toda a economia, trazendo dificuldades também para o segmento industrial. Segundo estimativas da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), a perda do Produto Interno Bruto (PIB) do setor pode chegar a R$ 6 bilhões, ou seja, cerca de 9,5% do que foi gerado no ano passado.
“Como existe uma interdependência significativa entre a agricultura e a indústria gaúcha, a quebra da safra acaba elevando os preços de grãos usados como insumos pelas fábricas. Isso impacta nos custos industriais, o que compromete diretamente a competitividade dos segmentos de alimentos e carnes”, afirmou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Ele destacou ainda que a menor renda no campo afeta a compra de todos os bens, mas principalmente posterga novos investimentos, atingindo os fabricantes de tratores, máquinas e implementos agrícolas. Os setores industriais mais dependentes dos resultados agrícolas já somam perdas no seu faturamento e correm o risco de verem a situação agravada com os efeitos da quebra da safra. Neste item, as indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas registraram em janeiro uma desaceleração de -9% e a de alimentos -7%, na comparação com dezembro.
Industria é atingida pela estiagem
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