O superintendente dos Serviços Penitenciários, Gelson Treiesleben, e o responsável pela Construtora OAS Ltda, Marcos Benício dos Santos, assinaram nesta sexta-feira (20), um Protocolo de Ação Conjunta (PAC) para a utilização de mão de obra prisional na construção da Arena do Grêmio. Pelo acordo participarão inicialmente 20 apenados do Instituto Penal de Viamão (IPV), de regime semiaberto, podendo ser ampliado conforme a necessidade da empresa.
Os detentos serão aproveitados na construção civil, exercendo as atividades de servente de obra, carpinteiro, armador, montador e pedreiro. A construtora gerenciará todos os materiais de segurança, orientação quanto ao uso e fiscalização do trabalho. Além do salário, os presos terão remição, sendo que a cada três dias trabalhados será reduzido um da pena.
Segundo Gelson Treiesleben, há no mercado uma deficiência de trabalhadores na construção civil, e "nós podemos ofertar esta mão de obra que tem se mostrado muito eficiente". Treiesleben acrescentou que gestos como este da OAS auxiliam na reinserção social dos apenados. Marcos Benício dos Santos ressaltou que a construtora está contribuindo com a sociedade para a reinserção dos detentos.
Trabalho prisional
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) possui atualmente 280 PACs em funcionamento com 3.220 presos trabalhando. Além destes contratos com empresas e instituições públicas, há outras formas de trabalho prisional, com um total de 12.689 detentos trabalhando, num universo de 29.710 presos em todo o RS, um dos maiores índices do Brasil.
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