A Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT) liberou, no primeiro quadrimestre de 2012, os recursos na ordem de R$ 4.011.137,26 milhões a cinco Parques Tecnológicos do RS conveniados através do Programa Gaúcho de Apoio aos Parques (PGtec). Os valores estão sendo repassados conforme cronograma de pagamentos elaborado pela SCIT e a Secretaria da Fazenda (Sefaz) para o ano de 2012.
Voltado ao desenvolvimento de processos e produtos voltados para o mar, o Parque Científico e Tecnológico do Mar (Oceantec), conta com R$ 931 mil. O Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) recebeu R$ 1 milhão para a execução do projeto Global Tecnopuc. O Tecno-unisc, de Santa Cruz do Sul, investirá R$ 624 mil no desenvolvimento de produtos e processos oleoquímicos e biotecnológicos. Os Parques do Vale do Caí (UCS) e do Planalto Médio (UPF), receberam R$ 530 mil e R$ 924 mil, respectivamente, ambos para investimento em infraestrutura.
Na avaliação do secretário da SCIT, Cleber Prodanov, os investimentos destinados a empreendimentos focados na promoção de ciência, tecnologia e inovação são fundamentais. "Ao concretizar projetos, através dos recursos disponibilizados pelo Estado, os Parques Tecnológicos oportunizam não só que as empresas transformem pesquisa em produto, mas também se cria um ciclo importante que aproxima os centros de conhecimento (universidades, centros de pesquisas e escolas) do setor produtivo (empresas em geral)", afirmou.
Como será o investimento?
A implantação do Oceantec, em Rio Grande, tem como objetivo o fortalecimento do empreendedorismo na Região Sul do Estado com processos e produtos voltados para o mar. Com a instituição do parque serão criadas empresas da região com foco no mar e condições locais para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico sustentável. O valor total do projeto é de R$ 4.778.514,20, sendo R$ 931.544 mil pagos pela SCIT.
Para Tecnopuc, os recursos destinam-se à adequação e aperfeiçoamento de espaços físicos para instalação de Laborátorios de Prototipagem de Produtos e Comunicação. Com o projeto Global Tecnopuc, haverá a qualificação de empresas, empresários e gestores para atuarem no mercado internacional. O complexo abriga, atualmente, 66 organizações, sendo 48 empresas, oito entidades e dez estruturas de pesquisa que, juntas, somam mais de 3,5 mil postos de trabalho. O projeto exigirá R$ 2.064.065, sendo R$ 1.558.902,00 apoiados pela SCIT, dos quais R$ 558.902,00 mil já foram pagos.
O Parque Científico e Tecnológico Regional (Tecno-unisc), em Santa Cruz do Sul, realiza o primeiro passo para a constituição do Centro de Excelência em Produtos e Processos Oleoquímicos e Biotecnológicos, buscando atender necessidades de empresas sediadas no parque e atendendo particularidades econômicas da região. O valor total do projeto é de R$ 1.599.022,02, sendo R$ 1.124.729,22 apoiados pela SCIT, dos quais R$ 500 mil já foram pagos.
Voltado para o aproveitamento de matérias-primas, por parte das empresas cerâmicas sediadas na região, o Parque Científico e Tecnológico do Vale do Caí (UCS), localizado em Bom Princípio, investirá na adequação de espaço físico para instalação do laboratório de Tecnologia Cerâmica e para o desenvolvimento de pavimento cerâmico não esmaltado e telha cerâmica extrudada. O projeto necessitará de R$1.450.708,41, sendo R$1.030.286,41 apoiados pela SCIT (R$ 500 mil já pagos).
O projeto para implantação do Habitat de Inovação e Transferência Tecnológica do Parque Científico e Tecnológico do Planalto Médio (UPF), de Passo Fundo, permitirá a instalação de espaços para incubação, de um Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NIT). O valor total do projeto é de R$ 1.240.638,50, sendo R$ 924.577,63 apoiados pela SCIT. A iniciativa busca atender ao perfil socioeconômico dos municípios do Planalto Médio, colaborando para o desenvolvimento científico e tecnológico, fomentando a inovação tecnológica.
O que são Parques Tecnológicos
Um parque tecnológico é formado por universidades, laboratórios de pesquisa, empresas de alta tecnologia, prestadoras de serviços e incubadoras empresariais e tecnológicas, formando ambientes propícios ao desenvolvimento tecnológico, trabalhando com programas que estimulam a sinergia entre poder público, meio empresarial e acadêmico. Neles, são exploradas diversas áreas do conhecimento, dependendo da vocação regional de onde está instalado: mecatrônica, tecnologia da informação, agribusiness, energias limpas, saúde, nanotecnologia, engenharia de software, biocombustíveis, dentre outras. Atualmente o Rio Grande do Sul conta com 15 Parques Tecnológicos credenciados, sendo três deles consolidados.