O Governo do Estado, por meio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), promove na próxima semana missão empresarial à Jacarta, capital da Indonésia. De acordo com o presidente da AGDI, Marcus Coester, o foco da viagem é criar novas oportunidades para a indústria gaúcha. “O país sul-asiático tem 240 milhões de habitantes e apresentou crescimento econômico acima de 6% nos últimos dois anos”, comentou.
O comércio entre Brasil e Indonésia praticamente triplicou desde 2007, tanto em exportações como em importações, o que sinaliza perspectivas muito positiva entre os dois países. Um crescimento de 17,9% na população economicamente ativa até o ano de 2050 deve transformar este país em uma "Nova China". Para isto a região tem investido pesado em infraestrutura e criado condições favoráveis para atrair o capital estrangeiro.
Para Coester, a crise aduaneira com a Argentina reforça a importância deste tipo de iniciativa. A ação, de caráter prospectivo, será liderada conjuntamente pela AGDI, pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e peloSindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) e já tem agendas previstas nos segmentos de alimentos, cutelaria, transportes pesados e indústria metal-mecânica.
A missão coincide com o Asean Latin Business Forum, que ocorre nos dias 09 e 10 de julho também em Jacarta. O evento busca intensificar as relações comerciais, investimentos e cooperação entre os países do bloco Asean (Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja), a América Latina e o Caribe. Na ocasião, serão discutidas novas oportunidades especialmente nas áreas de segurança alimentar, segurança energética, infraestrutura e tecnologia. Coester participará também do painel sobre a Conferência Rio +20 e tratará sobre as contribuições da iniciativa para a sustentabilidade mundial.
Segundo o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Soares, a Indonésia já apresenta uma classe média significativa, cujo poder de compra vem aumentando nos últimos anos. "Não somente a Indonésia, mas todo o bloco é um mercado bastante importante que vive um momento econômico bastante positivo”, afirmou o diplomata. De acordo com Soares, há espaço e oportunidade em diversos segmentos, em especial naqueles que o Rio Grande do Sul tem tradição como da soja, agroindústria, agropecuária, implementos e maquinaria agrícola, indústria do couro, componentes para calçados e moldes, transporte pesado, cutelaria e confecções.