O Programa Gaúcho de Microcrédito atingiu, em meados de julho, um número significativo: mais de cinco mil pessoas contrataram o microcrédito. Implementado pela Secretária da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), em parceria com o Banrisul, o programa oferece opções de crédito entre R$ 100 e R$ 15 mil e, em suas 5.003 operações atingidas em julho, registrou uma média de financiamento de R$ 8.575,01. E o mais significativo: nível de inadimplência zero. Do total dos empréstimos, 53% foram concedidos para mulheres.
O acumulado alcançado em 11 de julho, de R$ 42.900.761,89, segundo o titular da Sesampe, Maurício Dziedricki, comprova que o programa atende importante parcela de empreendedores do Rio Grande do Sul, que buscam no microcrédito obter aportes financeiros para tocar seu pequeno negócio. Empreendedores de 184 municípios gaúchos recorreram ao microcrédito para negócios em áreas da chamada economia popular.
Dziedricki assinala que na base do sistema destaca-se a ideia-chave: orientado. É uma modalidade de concessão de financiamento produtivo em que o tomador do empréstimo recebe dinheiro e assessoria técnica. Cabe ao orientador acompanhar o planejamento e a execução para tornar viável o negócio projetado. O agente de oportunidade atua como responsável pela seleção, concessão do crédito, acompanhamento e fiscalização junto ao empreendedor.
O Microcrédito é operacionalizado através de convênios que a Sesampe estabelece com prefeituras municipais, instituições comunitárias de crédito - ICCs, cooperativas e OSCIPs. O programa disponibiliza aos empreendedores formais e informais financiamentos com taxas de juros de 0,64% ao mês e pagamento em até 24 vezes. Os recursos financeiros são oriundos do Banrisul e garantidos pelo Fundo de Apoio à Micro Empresa, ao Microprodutor Rural e Empresa de Pequeno Porte- Funamep.
"No âmbito da economia solidária, a política do governo gaúcho eleva a participação da microempresa, da empresa de pequeno porte e dos empreendimentos da economia solidária (EESs) como vetor de crescimento e devolve ao Rio Grande do Sul a condição de terra de oportunidades", informa o titular da Sesampe. "O microcrédito não é somente o acesso a vários serviços financeiros de pequeno valor, mas é uma poderosa ferramenta para garantir trabalho e renda na economia popular", destaca Dziedricki.
Simulação
No portal do programa, o interessado pode, entre outras informações, fazer a simulação de um microcrédito em diferentes valores e saber, antecipadamente, qual a vantagem que obterá com o financiamento.
Com informaões do Governo do RS
A Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável, presidida pelo deputado Adilson Troca (PSDB), realizou audiência pública nesta sexta-feira (13) em São José do Norte. O objetivo foi tratar da instalação da Empresa Estaleiros do Brasil (EBR) e seu licenciamento ambiental. O proponente da audiência foi o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT). O diretor-presidente da Fepam, Carlos Fernando Niedersberg, trouxe a boa notícia: a licença de instalação do empreendimento deve ser publicada até segunda-feira (16).
Lindenmeyer destacou a retomada da indústria naval no País e as oportunidades que os empreendimentos vão trazer para a região. “Podemos consolidar quem sabe o maior polo naval do Brasil.” O deputado salientou a importância de um planejamento de curto a longo prazo e o diálogo entre municípios, estado e união para o desenvolvimento harmônico e sustentável.
Região deve ser preparada para receber investimentos
“É um dia histórico para município, região e estado. Nossa caminhada não termina, mas começa hoje,” declarou o diretor da EBR, Alberto Padilla. Ele agradeceu o apoio político e da comunidade, que recebeu a ideia do empreendimento de braços abertos.
A secretária-geral do governo Tarso, Miriam Marroni, afirmou que é preciso preparar a cidade e a região para receber os investimentos, com apoio aos empreendimentos locais e qualificação profissional.
“As pessoas não tem ideia de como essa cidade vai mudar”, afirmou Eliana Dienstman, coordenadora do Programa do Polo Naval da Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento do Estado.Ela informou que já está sendo realizado um estudo do impacto do estaleiro no município.
Situação de famílias
No final da audiência, moradores questionaram qual será o destino das 48 famílias que moram na área da instalação do empreendimento. O governo estadual, por meio da secretária Miriam, e a Assembleia, por meio dos deputados presentes, se comprometeram em intermediar a polêmica. Uma comissão será formada para tratar do assunto.
Também participaram da audiência o prefeito de São José do Norte, Vicente Ferrari, o presidente da Câmara, Wilson da Silva, o representante da Metroplan, Marcelo Schames, e o superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes.