Cento e noventa e sete pedestres morreram nas ruas e estradas gaúchas no primeiro semestre deste ano. O dado integra uma grande atualização das informações sobre acidentalidade que o Detran/RS publica em seu site nesta quarta-feira (08), Dia do Pedestre. Embora o número esteja 8,4% menor que o número de vítimas fatais do mesmo período do ano passado (215 pedestres morreram no trânsito), continua sendo uma preocupação para os órgãos de trânsito. Juntamente com ciclistas e motociclistas, os pedestres compõem a trinca mais vulnerável de participantes do trânsito, os chamados modais.
Segundo o diretor técnico do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, a solução para o problema passa por uma mudança cultural e de mentalidades. "Hoje, nos países mais desenvolvidos, já ocorre um movimento em direção a formas de deslocamento sustentáveis, como o ciclismo e o que está sendo chamado de pedestrianismo, o deslocamento a pé. Nessa linha, áreas consideráveis dos centros urbanos estão buscando restringir o acesso de veículos automotores, gerando ilhas de tranquilidade e silêncio em meio às grandes metrópoles."
Enquanto essa tendência não se concretiza no Rio Grande do Sul, Szinvelsli diz que a ideia é ampliar o que já está sendo feito: blitze de educação e fiscalização, como as Operações Balada Segura e Viagem Segura. "Sem dúvida, é preciso que toda a sociedade aprenda a conviver melhor no trânsito. Estamos convencidos de que, à medida que todos, pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas de pequenos veículos e motoristas de cargas pesadas se conscientizarem da importância de seu papel na proteção das outras pessoas que estão circulando no espaço público, estaremos assistindo ao início de uma nova era de paz no trânsito, quando os índices de acidentalidade envolvendo pedestres tenderão a zero", acrescenta.
Número de pedestres mortos nas ruas e estradas do RS diminui
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