As exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 1,77 bilhão em julho, o que representa uma contração de -0,8% ante o mesmo período de 2011. A queda no envio de manufaturados para a Argentina (-39,5%) foi determinante para esse resultado. “O país vizinho deixou de ser o segundo destino das vendas gaúchas, mas continua sendo o principal comprador de produtos industriais. Por isso, a situação é preocupante para a indústria do Estado”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial nesta quinta-feira (16). A diminuição nas vendas externas totais do Estado só não foi maior em função do avanço dos produtos básicos (20,7%), liderados pela soja.
Com relação à indústria gaúcha, as vendas externas totalizaram US$ 1,31 bilhão, com desaceleração de 6,4%. As principais quedas encontram-se nos segmentos de Produtos Químicos (-32,2%), Couro e Calçados (-23,6%) e Máquinas e Equipamentos (-17,3%). Já os crescimentos expressivos foram verificados em Tabaco (22,8%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (13,7%).
Nos destinos das exportações totais, a China garantiu o primeiro lugar e os Estados Unidos o segundo, com elevações de 12% e 11%, respectivamente. A terceira posição ficou com a Argentina, apesar de ter reduzido em 38% todos seus pedidos de produtos gaúchos. Ainda em julho, as importações totais caíram 6,8% e fecharam em US$ 1,16 bilhão. A queda mais significativa ocorreu nos segmentos de bens intermediários (-19,3%). Essa menor compra de insumos e matérias-primas revela que a atividade do Rio Grande do Sul permanece em ritmo lento.
De janeiro a julho, as exportações da indústria sofreram uma diminuição 5,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Da mesma forma, as importações declinaram 6,7%. Diante desse quadro, o Rio Grande do Sul encolheu sua participação em 0,5% nas vendas externas do País, no acumulado do ano. Entre os Estados exportadores, manteve a quinta posição ao responder por 7,4% da pauta brasileira. A liderança ficou com São Paulo (23,5%), seguido por Minas Gerais (13,9%), Rio de Janeiro (12%) e Paraná (7,5%).
Exportações gaúchas desaceleram em julho
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