Começa nesta segunda-feira (15) e se estende até a próxima quarta-feira (17) a paralisação dos médicos de seis planos de saúde no Estado. A ação atinge as operadoras SulAmérica, Geap, Saúde Caixa, Cabergs, DoctorClin e Centro Clínico Gaúcho - que somam mais de 400 mil usuários, 18% do total dos gaúchos que têm hoje assistência privada.
A suspensão dos atendimentos não urgentes (consultas e procedimentos) busca pressionar planos que não apresentaram propostas de valorização dos médicos e respeito à autonomia do ato médico ou aqueles que fizeram proposições insuficientes. Estima-se que 16 mil dos cerca de 24 mil médicos em atividade no Estado sejam credenciados a planos. As seis operadoras atingidas pelo protesto não tiveram avanços nas negociações até fim de setembro com a Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM-RS), que é composta por Simers, Cremers e Amrigs.
O presidente do Sindicato Médico, Paulo de Argollo Mendes, ressalta que a paralisação só pode ser alterada com nova plenária estadual, que não está prevista antes de segunda-feira. Na pauta de reivindicações, estão a adoção pelas operadoras da última edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) plena para consultas e procedimentos (que é a referência da categoria e formulada pelo setor), consulta de R$ 80,00 (hoje há grande variação de valores com patamares bem inferiores), e fim de glosas ou restrições a exames e procedimentos indicados pelos profissionais nos tratamentos dos pacientes (operadoras vetam indicações desrespeitando a autonomia do médico em decidir o que é melhor aos seus pacientes).
As entidades que lideram a mobilização - Sindicato Médico do RS (Simers), Conselho Regional de Medicina (Cremers) e Associação Médica (Amrigs) – intensificam a mobilização da categoria e reforçam esclarecimentos aos pacientes. A recomendação é que os usuários entrem em contato com seus médicos para ter orientação sobre os agendamentos destes três dias. O movimento integra calendário nacional.