Falta de chuvas preocupa produtores de soja do Rio Grande do Sul

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A falta de chuvas já começa a preocupar os produtores de soja do Rio Grande do Sul. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater, o clima seco e as altas temperaturas ocorridos recentemente têm ocasionado o murchamento das plantas e a queda de flores e vagens, o que poderá diminuir o potencial produtivo de algumas lavouras, principalmente aquelas implantadas em solo mais raso. As condições adversas afetam principalmente as lavouras que estão nas fases de floração e iniciando a formação das vagens, o que compreende 80% do total semeado no Estado.

Além da falta de precipitações, algumas lavouras de soja também estão sofrendo com o intenso ataque de lagartas e ácaros, o que força a continuidade das pulverizações visando ao controle dessas pragas, principalmente a lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens). Os sojicultores também encontram dificuldades para realizar os tratamentos com fungicidas e inseticidas devido à baixa umidade relativa do ar, que compromete a eficiência desses produtos. Apesar do quadro desfavorável à cultura, as lavouras, em sua grande maioria, apresentam muito bom desenvolvimento, mantendo boas as expectativas de produção e rendimento.

Já para a cultura do milho, as condições climáticas favoreceram a colheita das lavouras, que avançou de forma significativa no Estado, alcançando 30% da área. O tempo também cooperou para a ensilagem do grão. Os rendimentos das primeiras áreas colhidas estão variando, conforme a região e o nível tecnológico empregado, entre 3,6 mil e mais de 8 mil quilos por hectare, ficando, em média, ao redor dos 5 mil quilos por hectare. Nesse sentido, a umidade que retornou ao solo com as chuvas do final de semana passado, mesmo que esparsas e irregulares em seus volumes, foi essencial para as lavouras semeadas mais tardiamente, embora áreas mais declivosas e de solo raso com afloramento de rocha já apresentem redução no seu potencial produtivo.

Mesmo com a oferta da nova safra de milho, o mercado mantém-se aquecido, com boa demanda e preços firmes. Nessa semana, a saca de 60 kg teve ligeiro aumento (+0,76%) na sua cotação média em âmbito estadual, que ficou em R$ 27,98 para o produtor.

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