Tragédia de Santa Maria completa um mês

22 pessoas permanecem internadas, três delas em UTI

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Um mês após a tragédia que matou 239 pessoas na Boate Kiss em Santa Maria (RS), 22 pessoas seguem internadas em decorrência de ferimentos provocados pelo acidente. Segundo informações do Ministério da Saúde, três desses pacientes permanecem em unidades de terapia intensiva e necessitam de ventilação mecânica. Hoje, em Santa Maria e na Capital está marcada uma série de homenagens às vítimas. Pela manhã, às 8h, as igrejas da cidade da tragédia tocaram os sinos por um minuto.

No início da noite, às 19h, está prevista uma passeata que sairá da Praça Saldanha Marinho até a Igreja de Fátima, onde será celebrada, às 20h, missa em homenagem às vítimas. No mesmo horário, na Arquidiocese de Santa Maria, outra celebração será feita para lembrar os mortos no incêndio. Está programada ainda a distribuição de 239 faixas brancas pelas ruas Vale Machado, dos Andradas (onde fica a Boate Kiss) e a Avenida Rio Branco.

Em Porto Alegre, será entregue ao Ministério Público um documento com 27 mil assinaturas pedindo justiça. “É mais um clamor por justiça, que os fatos sejam apurados. Mais ou menos 10% da população de Santa Maria assinaram. É para mostrar que a gente está mobilizada e acordar nossas autoridades”, disse Leo Becker, consultor de vendas, pai de Erika, de 22 anos, morta no incêndio.

Processo

O Ministério Público do Rio Grande do Sul deverá denunciar os responsáveis pelo incêndio na Boate Kiss por homicídio doloso qualificado – em que a pessoa assume o risco por sua atitude, mesmo sabendo que a conduta pode resultar em morte. Devem ser denunciadas as quatro pessoas que estão presas: os proprietários da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Hoffman, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor Luciano Augusto Bonilha Leão.

“[Nossa intenção], em princípio, é denunciar por homicídio doloso qualificado essas pessoas que estão mais próximas do incêndio, vamos dizer, do fato em si. São aquelas pessoas que tinham domínio sobre o local e que poderiam, de algum modo, ter evitado a tragédia. Vão ser denunciadas, nessa primeira etapa, por homicídio doloso qualificado, em função da asfixia, em princípio”, disse à Agência Brasil o promotor Joel Dutra.

*Com informações da Agência Brasil

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