No Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE) esclarece sobre a remuneração aos profissionais médicos e sobre a cobrança de valores dos usuários, em virtude de manifestações de entidades como Simers, Cremers e Amrigs, nesta quinta-feira (25), em comparação a algumas empresas privadas que oferecem atendimento médico. Primeiramente, o órgão reafirma sua posição de que o diálogo com as entidades médicas é permanente para a manutenção do IPE Saúde público e de qualidade para os usuários.
De acordo com o presidente do IPE, Valter Morigi, a movimentação da categoria por aumento da remuneração é natural, porém a comparação dos valores do IPE com os dos planos privados é inadequada. "Em agosto de 2011, o IPE aumentou em 40% o valor das consultas. Um grupo de trabalho com a participação dos médicos realiza os estudos para a conversão da tabela própria de procedimentos para a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos). O nosso plano atende a mais de 1 milhão de vidas, com 7 mil médicos credenciados, além de clínicas, hospitais e cerca de 4 mil procedimentos na tabela de cobertura. Não é adequado comparar com empresas privadas, muitas com cerca de 30 mil segurados e apenas 20 médicos credenciados, por exemplo."
Atualmente, os médicos recebem do IPE R$ 47,00 por consulta e, anualmente, são realizadas 3,5 milhões de consultas. Portanto, R$ 165 milhões são repassados em consultas, sem contar os atendimentos em hospitais e clínicas credenciadas. Outra alegação das entidades para a solicitação de aumento dos valores pagos pelas consultas é de que as operadoras reajustam a contribuição dos segurados e não repassam para os médicos. Não é o caso do IPE Saúde, que possui contribuição fixa de 3,1% do salário do servidor público estadual.