Na manhã desta quinta-feira, em Ibirubá, o nono suspeito de estar envolvido na adulteração do leite no Rio Grande de Sul se entregou para a polícia. Ele é empresário, dono de uma transportadora na cidade e chegou a delegacia acompanhado do seu advogado. O suspeito prestou depoimento durante a manhã e será encaminhado ao Presídio Estadual de Espumoso.
Lotes não recomendados para o consumo, segundo o MP
Italac Integral (Lotes L05KM3, L13KM3, L18KM3, L22KM4 e L23KM1)
Italac Semidesnatado (L12KM1),
Líder UHT Integral (Lote TAP1MB),
Mumu UHT Integral (Lote 3ARC),
Latvida UHT Desnatado (com fabricação em 16 de fevereiro de 2013 e validade até 16 de junho de 2013).
Os consumidores que tiverem em suas casas leites dos referidos lotes ou identificarem a presença do produto no comércio podem informar o MPRS através do e-mail [email protected] , destacando marca, número do lote e data de fabricação.
Entenda o caso
O Ministério Público, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Receita Estadual e da Brigada Militar, desencadeou na manhã desta quarta-feira, 8, a Operação "Leite Compen$ado", com o cumprimento de nove mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina.
As investigações dão conta que cinco empresas de transporte de leite adulteraram o produto cru entregue para a indústria. Uma das formas de adulteração identificadas é a da adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição, na proporção de 1 kg deste produto para 90 litros de água e mil litros de leite. A adulteração consiste no crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal.
As empresas investigadas transportaram aproximadamente 100 milhões de litros de leite entre abril de 2012 e maio de 2013. Desse montante, estima-se que um milhão de quilos de ureia contendo formol tenham sido adicionados.