MP oferece primeira denúncia contra dois envolvidos na fraude

Fraude no Leite: nos próximos dias devem ser oferecidas novas denúncias contra outros envolvidos na fraude e encaminhados novos pedidos de prisões.

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O Ministério Público ofereceu nesta quarta-feira, 15, a primeira denúncia referente à Operação Leite Compen$ado, que desarticulou na última semana um grupo criminoso responsável pela adulteração do leite in natura. Os sócios-proprietários da empresa LTV – Indústria, Transporte e Comércio de Laticínios Ltda., de Guaporé, estão sendo acusados pelo crime de adulteração de produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo. De acordo com o Promotor de Justiça Mauro Rockenbach, nos próximos dias devem ser oferecidas novas denúncias contra outros envolvidos na fraude e encaminhados novos pedidos de prisões.

Conforme a denúncia do MP, entre outubro de 2011 e abril de 2013 os dois por diversas oportunidades, adulteraram leite cru destinado ao consumo humano com objetivos bem definidos: aumentar o volume e o prazo de validade do produto e, por conseguinte, a lucratividade gerada pela fraude. Para a prática da infração penal, coletaram leite dos produtores e, em seguida, o adulteram com a adição de água e ureia, na proporção 1% diluídos em 9% de água, perfazendo, assim, o montante de 10%. A mistura química era colocada nos tanques de coleta existentes nos caminhões, juntamente com a água, antes mesmo do leite ser recolhido.

Segundo o Promotor Mauro Rockenbach, um deles, na qualidade de administrador da LTV, era o responsável pela articulação da fraude e o outro operava o apoio logístico do esquema montado para a adulteração da substância alimentícia, funcionando como “olheiro”. Era ele quem observava a movimentação dos fiscais do Ministério da Agricultura e, em caso de fiscalização, orientava os motoristas que transportam o leite.

Em todas as análises promovidas pelo Laboratório de Análises e Serviços da Univates no leite cru refrigerado de responsabilidade da LTV foi constatada a presença de formol. Ainda, de acordo com as notas fiscais emitidas pela Secretaria da Fazenda, ficou constatado que tanto um dos sócios quanto a empresa investigada adquiriram ureia e formol no período de 2011 a 2013, sendo que a última compra foi efetuada recentemente, em 5 de março deste ano.

Com informações do Ministério Público

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