A União Gaúcha em Defesa da Previdência Pública e a Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS (Fessergs) realizaram na manhã desta quarta-feira (22), na Assembléia Legislativa, ato em defesa do Instituto de Previdência do Estado (IPE). O evento foi denominado pelas entidades como contraponto às manifestações das entidades médicas por aumento nos valores pagos pelo IPE aos médicos.
Para o presidente da União Gaúcha, Pio Giovani Dresch, a relevância social do IPE Saúde está sendo desconsiderada nesta atitude de paralisar o atendimento. "Atitudes extremas não levam em consideração a massa protegida de mais de 1 milhão de pessoas. O IPE é a galinha dos ovos de ouro da saúde do Estado e não pode ser sacrificada", destacou. Dresch criticou, ainda, o formato da manifestação das entidades médicas. "Precisamos alertar a sociedade de que a negativa de atendimento é prejudicial para os dois lados. As entidades não recebem de nenhum plano o que têm do IPE e os dados apresentados pelas entidades só mostram uma parte da realidade", afirmou.
O presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, considerou inoportuna e extemporânea a atitude das entidades médicas de sugerir paralisação. "Somos acostumados com movimentos reivindicatórios, mas não de forma irresponsável, com premissas falsas. O atendimento pelo IPE é quase exemplar. Não podemos admitir a utilização de dados tendenciosos e não queremos ser usados pelos médicos que querem compensar o que deixam de receber dos planos privados com cobranças ao IPE", apontou o dirigente.
A diretoria de Saúde do IPE apresentou dados que comprovam a grandiosidade do plano e sua importância no cenário da saúde pública. O diretor do IPE Saúde Antônio de Pádua destacou os valores pagos aos médicos e a contribuição dos segurados. "Por ano, R$ 3,5 milhões são pagos pelo IPE apenas para consultas médicas, enquanto um plano privado de grande porte transfere R$ 185 mil. Não existe plano privado que cobre menos de R$ 400 por pessoa. O segurado do IPE paga 3,1% do seu salário para ter assistência saúde familiar".
O atendimento aos segurados está sendo monitorado pela diretoria de saúde para acompanhar o cenário de paralisação. O principal hospital da capital que presta atendimento pelo IPE Saúde não aderiu à paralisação e está prestando o serviço normalmente.
Entidades de servidores públicos fazem ato em defesa do IPE
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