Norte-Sul: construção do trecho sul deve começar em 2015

Traçado Panorama (SP)-Rio Grande (RS) será escolhido a partir de três alternativas de viabilidade econômica

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A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA) promoveu na última terça-feira (21), audiência pública para discutir a situação das ferrovias no Brasil. No encontro, foram detalhadas as ações de recuperação das atuais estradas de ferro e o cronograma de construção de novos traçados.

Superintendente de Planejamento da Valec, Paulo Roberto Schanuel destacou que os estudos de viabilidade técnica do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul estão sendo realizados dentro do cronograma. Segundo ele, um levantamento detalhado sobre demanda econômica, fluxo de caminhões e geografia do solo definirá qual o melhor traçado para a ferrovia que ligará os municípios de Panorama (SP) a Rio Grande (RS). “É um estudo bem detalhado e completo. Esse conjunto todo é trabalhado em três alternativas de traçado. Não é uma única diretriz. São três diretrizes que a gente busca ver a melhor flexibilidade de captação de carga”, detalhou Schanuel.

Já o presidente da CINDRA, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) ressaltou que a definição do traçado vencedor também levará em conta a mobilização das comunidades, uma vez que serão realizadas audiências públicas com os segmentos diretamente envolvidos. “Os empresários, agentes políticos e as entidades representativas da sociedade precisam promover uma articulação afinada entre si para fazer valer seus argumentos. Se tudo for cumprido como está pré-estabelecido, as obras da Ferrovia Norte-Sul a partir de Panorama, chegando ao porto de Rio Grande, têm realmente condições de começar no ano de 2015, que é logo aí”, revelou o parlamentar.

A audiência pública também debateu a Deliberação 124 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), norma definida a partir de um requerimento encaminhado pelo deputado Jerônimo Goergen, que também é vice-presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias. Em virtude da baixa manutenção da malha ferroviária, o parlamentar cobrou uma ação do órgão regulador para que as empresas apresentassem um cronograma de recuperação dos trilhos.

Segundo o gerente de projetos da ANTT, André Melo, a Deliberação 124 abrange 33 trechos, num total de 5,5 mil quilômetros de ferrovias administrados por cinco concessionárias. “O foco principal é recuperar as superestruturas, é a condição lastro, dos trilhos, dormentes. Fazer limpezas dos sistemas de drenagem, recuperar aqueles sistemas que estão falhos por culpa da própria concessionária que baixou o nível da manutenção”, detalhou Melo. O dirigente disse ainda que os projetos de recuperação se encontram em diferentes fases. Há os que ainda aguardam pela liberação de licenças ambientais, outros estão sendo executados e parte dos ramais já foi recuperado.

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