Vendas na 36ª Expointer crescem mais de 60%

A comercialização de máquinas e implementos agrícolas impulsionou os negócios. A venda de animais saltou de R$ 13,7 milhões ano passado para R$ 16 milhões

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Se no ano passado a palavra de ordem na Expointer foi a superação depois da estiagem que castigou o Estado, em 2013 confirmou-se o slogan que diz: "É hora de festejar o nosso crescimento". O aumento de 62% na comercialização total - de R$ 2,036 bilhões para R$ 3,292 bilhões em 2013 - e de 460% de financiamento de projetos de irrigação - de R$ 56 milhões para R$ 314 milhões - é reflexo da integração entre políticas públicas e os bons momentos dos setores produtivos do campo, segundo o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. 

"As políticas públicas de retomada das cadeias produtivas, o incentivo à produção, a supersafra de grãos, o bom preço dos produtos e a oferta de crédito dos bancos levaram ao sucesso, surpreendente, da 36ª Expointer", disse Mainardi em entrevista coletiva na tarde deste domingo (1º), durante o balanço de encerramento da maior feira agropecuária da América Latina. Em contrapartida, essa mesma conjunção de fatores fazem o Rio Grande o Sul estimar crescimento de 6% do PIB neste ano, praticamente o dobro do Brasil. 

O susto dos primeiros quatro dias de intensas chuvas, os alagamentos no Estado e no Parque Assis Brasil, não foram capazes de diminuir o otimismo do Governo, e nem do mais simples produtor da agricultura familiar ao grande pecuarista. Ainda que a atividade também se trate de números, com reflexo direto na economia do RS e do País, são as mãos de homens e mulheres que mudam a história. "A confiança do produtor no seu braço, seja na modernização da propriedade, na genética ou na compra de máquinas, mostra que ele acredita no futuro", disse o titular da pasta. 

Os recordes surpreenderam, inclusive, quem lida diretamente com valores. Presidente do Sindicato de Máquinas de Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier não esperava totalizar mais de R$ 3,274 bilhões em vendas, ainda mais com os alagamentos das áreas onde ficam as máquinas.  O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raças (Febrac), Eduardo Finco, acredita que a evolução nas vendas vem de esforço do investimento em qualidade. "Tivemos menos animais este ano. Mas o preço médio pago por cada um está melhor. O que mostra que melhoramos também na genética". A comercialização dos animais saltou de R$ 13,7 milhões ano passado para R$ 16 milhões. 

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