O 1º Encontro Estadual de Egressos do Sistema Prisional reuniu órgãos de governo, empresas e população assistida para debater a reinserção social das pessoas ao saírem da prisão. O evento ocorreu em Porto Alegre, na tarde desta quarta-feira (13).
De acordo com o presidente do Conselho Penitenciário do Estado, Rodrigo Puggina, é a primeira vez que há um programa específico para atender egressos do sistema prisional. "A maioria desse público tem ensino fundamental, então a qualificação é um dos pontos que abordamos. Mas, mesmo com essa escolaridade, existem oportunidades de trabalho, em setores como a construção civil", afirma Puggina.
Para o coordenador do programa RS na Paz, delegado Carlos Sant'Ana, um dos destaques desse programa é possibilitar a prevenção na reincidência, que, segundo ele, tem índices altos no Estado. "A reincidência muitas vezes se deve à falta de oportunidades, e o Estado não pode se omitir. Temos que procurar garantir um bom nível de empregabilidade e reinserção social dessa população", conclui.
O superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, defendeu um pacto pela reinserção social dos egressos do sistema penitenciário. "É preciso lutarmos pela reinserção e este programa demonstra que quando há oportunidade, as pessoas estão dispostas a aproveitá-las", pontuou.
Rede
O Programa Estadual de Egressos o Sistema Prisional visa formar uma rede de atendimento que envolve: RS Mais Igual, RS na Paz, Celulose Riograndense, Conselho Penitenciário, Pacto Gaúcho pela Educação e FGTAS. Inicialmente feito em Porto Alegre, o programa já atende cerca de 400 egressos. Conforme a coordenadora do programa, Nami Picetti, a aceitação em participar chega a 90% dos egressos na capital gaúcha. Além de cursos de qualificação, o programa também auxilia na obtenção de documentação e acessos à saúde.