AGDI aposta em novo combustível para aviação

Agência se aproxima da Plataforma Brasileira de Bioquerosene

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A Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), braço executivo da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), firmou Manifestação de Interesse com a Plataforma Brasileira de Bioquerosene, para a implementação do Programa Carbon Neutral Growth, envolvendo a substituição dos combustíveis à base do petróleo pelos biocombustíveis no setor de aviação. Segundo o diretor de Infraestrutura e Energia da AGDI, Marco Franceschi, esta transição será feita ao longo das próximas décadas e resultará em "uma troca mais eficiente e vantajosa dos pontos de vista ambiental, social e econômico". Franceschi ressalta que o Rio Grande do Sul tem interesse e disponibilidade de recursos para se tornar um importante parceiro na Plataforma, através do estímulo à produção de combustíveis ambientalmente sustentáveis e à redução de custos de produção. A adoção do bioquerosene deve ter também impactos positivos no desenvolvimento regional.

Franceschi participou nesta quinta-feira do painel Biocombustíveis Sustentável para Aviação no Brasil, realizado na Renex South America (Renewable Energy Exhibition), feira internacional de energias sustentáveis, que acontece no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre. O painel teve a participação do executivo da Curcas Diesel do Brasil,  Mike Lu, que ressaltou o fato de o Brasil dispor de biocombustíveis para uso imediato e a baixo custo. Citou como exemplo o óleo de cozinha. Além disso, lembrou que qualquer leguminosa - como da canola - poderá ser utilizada na composição de biocombustíveis. Lu sugeriu a plantação de camelina (leguminosa semelhante ao trigo), que poderia ser uma alternativa à soja como rotação de cultura. O executivo pediu atenção para o tamanho do mercado que se apresenta, uma vez que hoje há muita procura e pouca oferta de combustíveis renováveis.

O diretor técnico e operacional da Gol Linhas Áreas Inteligentes, Pedro Rodrigo Scorza, revelou que 40% do custo operacional da companhia área é representado pelo combustível. “Por enquanto, a Gol só opera com combustível fóssil. Quando os preços aumentam, o total passa a ser agressivo. Portanto trabalhamos para que políticas públicas sejam federais e viabilizem o biocombustível”, declarou. A importância da adoção da nova fonte é o maior objetivo da companhia, afirmou. De acordo com ele, a vantagem não se dá apenas pelos valores, mas pela opção ambiental. "Poderemos optar por uma forma sustentável de o combustível chegar às asas de nossos aviões”, finalizou. A Renex será encerrada nesta sexta-feira.

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