A desoneração fiscal do governo federal e o processo de renovação das concessões provocaram queda efetiva no custo da energia elétrica no Brasil, mas os reajustes das distribuidoras e o acionamento das térmicas já absorveram parte da redução. O custo médio da energia para a indústria no país caiu 20,8% entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 (de R$ 332,23 por MWh para R$ 263 em janeiro deste ano).
No entanto, apesar da redução de encargos e tributos, o custo da energia voltou a subir, atingindo média de R$ 292,16 por MWh neste mês de novembro. Um aumento de 11,1%, de acordo com levantamento inédito do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), disponível no novo site sobre custo da energia para a indústria no Brasil, que entra no ar nesta quinta-feira, 28 de novembro, pelo endereçowww.firjan.org.br/quantocusta.
No caso do Rio Grande do Sul, o custo médio da energia para a indústria caiu 23,8% entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano, quando entrou em vigor a política do governo de redução de encargos e tributos (de R$ 328,35 por MWh para R$ 250,35). Ao longo deste ano, com os reajustes e acionamento das térmicas, o custo voltou a subir, chegando a R$ 266,49 em novembro, aumento de 6,4%, abaixo da média nacional.
O presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, acredita que o Brasil avançou, mas reforça que a redução do custo da energia precisa continuar em debate, principalmente nas esferas estaduais. “O peso dos impostos, em especial do ICMS, encarece muito a energia e a produção da indústria, dilapidando sua competitividade. O governo federal foi corajoso, demonstrou que é possível reduzir o custo deste insumo. Agora é a vez de os estados avançarem nesta questão”, diz Gouvêa Vieira.
O estudo analisou ainda as tarifas praticadas por todas as 63 distribuidoras brasileiras no mercado cativo, onde estão 94,4% das indústrias do país. Entre os estados, a redução da tarifa variou de 18,50% a 25,10% em janeiro deste ano, sendo a maior queda no Piauí e a menor, no Mato Grosso do Sul.
Energia caiu 23% no RS
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