O Governo do Estado estará hoje em Carazinho para participar do ato que marcará a retomada pelo Estado dos polos de pedágio de Carazinho, Vacaria, Metropolitano e de Gramado. Nesta data, encerram-se os contratos rodoviários mantidos com as concessionárias Coviplan, Rodosul, Univias e Brita Rodovias. Os quatro polos de pedágio estavam há 15 anos concedidos à iniciativa privada e neste período, de acordo com a Agência Reguladora dos Serviços Delegados do RS (Agergs), as empresas arrecadaram, em valores atualizados, R$ 5,5 bilhões. Do total, R$ 3,06 bilhões foram para investimentos em estradas e R$ 2,44 bilhões se divide entre gastos com pessoal, impostos, equipamentos e lucro.
No caso de Carazinho e Vacaria, polos compostos por rodovias federais, as estradas serão entregues à administração da União, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e não terão mais pedágios cobrados. Em relação aos chamados polos Metropolitano e de Gramado, os pedágios passarão a ser administrados pela empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Em Viamão, a praça está localizada na ERS-040, e em Santo Antônio da Patrulha, na ERS-474. No polo de Gramado, além da ERS-235, as praças estão em Três Coroas (ERS-115) e São Francisco de Paula (ERS-235).
Economia para motoristas frequentes passa de R$ 3,5 mil
Nas rodovias que passarão à administração da EGR, a economia para quem trafega de automóvel em dias úteis da semana (sendo um trecho de ida e outro de volta), passa de R$3,5 mil em um ano. Considerando a tarifa mais baixa paga atualmente (R$ 7,00 por trecho), a redução será de R$ 308,00 mensais e de R$ 3.696 por ano.
A mudança do modelo de pedágios, antes em vigor por meio do Programa Estadual de Concessão de Rodovias (Pecr), criado em 1998, destinava às empresas o controle de 27 praças de pedágios em todo o Estado, distribuídos em polos. Após um conjunto de debates com a comunidade, por via do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cdes-RS), o governo gaúcho optou por não renovar os contratos com as concessionárias - cujo vencimento ocorria neste ano - e criar uma empresa pública, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para administração dos pedágios nas rodovias estaduais.
O Conselhão realizou oito encontros nas regiões das praças que contou com a participação de 2,8 mil pessoas e gerou 22 mil assinaturas pedindo o fim do modelo privado. As conclusões foram entregues ao governador em setembro. Entre as propostas da comunidade, além do fim do modelo até então vigente, estavam uma nova forma de gestão com modelos adaptados a cada caso, estudo da situação das estradas, mecanismos de transparência e fiscalização e duplicação dos trechos (item não previsto nos contratos Pecr). "Nós queremos que as pessoas participem da administração. A EGR é a primeira empresa pública do Brasil que é controlada pela população contemplada diretamente pelos serviços", destaca o governador.
Cancelas estarão liberadas até o dia 6 de janeiro - Por questões administrativas, durante uma semana, da meia noite da segunda-feira, até o dia 6 de janeiro, as cancelas dessas praças de pedágio permanecerão levantadas, e a passagem de todos os veículos será livre. Findo esse prazo, a EGR passará a executar um tarifário que é pelo menos 26% mais barato e chega a ser 68% menor nos casos dos veículos mais pesados, como caminhões com mais de seis eixos.
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