A Secretaria Estadual da Saúde (SES), através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), lançou um alerta aos serviços de saúde sobre a importância de intensificar as ações de Vigilância Ambiental e Epidemiológica para controle e profilaxia da raiva no Estado.
No final do ano passado, foi registrado o primeiro caso de raiva em felino (área rural), no Rio Grande do Sul, após 12 anos. Em meio urbano a doença não é registrada em animais domésticos há mais de 20 anos. Em humanos, não há casos confirmados desde 1981.
Como medidas preventivas da doença, em humanos e em cães e gatos, recomenda-se que seja praticada a guarda responsável dos animais, como promoção de cuidados sanitários e higiênicos, identificação, assim como vacinações preventivas nestes animais, incluindo a antirrábica.
Sempre que uma pessoa vier a sofrer alguma agressão por animal, deve, imediatamente, lavar o ferimento com água e sabão e, posteriormente comparecer a unidade de saúde mais próxima para que receba avaliação médica.
Em caso de cão e gato suspeito de raiva, deve-se comunicar o caso a autoridade sanitária de sua referência, para que sejam tomadas as devidas providências. Na dúvida, a pessoa pode entrar em contato com o Disque Vigilância pelo telefone 150.
O caso do felino infectado foi registrado em 6 de dezembro de 2013, após o animal ter mordido uma gestante no município de Passa Sete, na região central do Estado. Durante o acompanhamento do evento, o animal agressor foi a óbito, sendo que o diagnóstico foi confirmado para raiva animal.
A mulher recebeu atendimento médico e profilaxia completa antirrábica, antes de apresentar qualquer sintoma, e exames já confirmaram que ela está imunizada contra o desenvolvimento da doença.
A partir do resultado laboratorial confirmatório de raiva felina iniciou-se o Protocolo Técnico para Raiva Animal. Técnicos do CEVS já se deslocaram para a área do foco, desencadeando as ações pertinentes, em conjunto com os técnicos da coordenadoria regional e do município.
A raiva é uma doença viral que causa uma encefalite aguda, ela é classificada como uma zoonose (doença naturalmente transmitida por animais ao homem e vice-versa), que tem transmissão direta. Costuma dar-se pela penetração do vírus contido na saliva dos animais infectados, principalmente, pela mordedura, e, mais raramente, pela lambedura de mucosas e arranhaduras.
O alerta epidemiológico emitido pelo CEVS foi repassado a todos os municípios do Estado, para que intensifiquem as ações de vigilância ambiental e epidemiológica. A SES também reforça a recomendação aos proprietários de animais domésticos (cães e gatos) a vacinação para raiva animal.
Em caso de emergência, siga as seguintes recomendações:
- Lave imediatamente o ferimento com água corrente e sabão;
- Procure atendimento médico imediato, na unidade de saúde mais próxima para ser examinado;
- Caso o médico prescreva Profilaxia antirrábica completa (soro e vacina), o soro deverá ser feito em hospital de referência da região;
- Ao receber vacina antirrábica e/ou antitetânica, não abandone o tratamento;
- Siga as indicações médicas;
- Na dúvida, entre em contato com o Disque Vigilância pelo telefone 150.
Demais cuidados
- Animais Domésticos: vacine anualmente seus cães e gatos.
- Animais Silvestres: capturar e criar animais silvestres são crime ambiental e coloca sua vida em risco. Eles podem transmitir doenças graves.
- Atenção: nunca apanhe morcegos com as mãos desprotegidas. Eventualmente, esses animais podem estar doentes e transmitir raiva. Animais caídos no chão ou invasores também podem carregar doenças, caso ocorra uma agressão, procure imediatamente um posto de saúde.