O industrial gaúcho pretende reduzir seus investimentos em 2014 devido ao cenário econômico de incertezas e por estimar que a atual capacidade instalada em sua empresa está ociosa, além do custo elevado do crédito. O percentual daqueles que têm a intenção de investir (79,1%) é o menor em quatro anos – o índice chegou a 88% em 2010. A avaliação está na pesquisa Investimentos na Indústria do RS 2013, divulgada nesta terça-feira (28), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). “A avaliação é de que a capacidade produtiva está adequada para atender a demanda prevista para 2014, que não será muito superior ao do ano anterior. Além disso, com a continuidade do cenário de incertezas, as empresas devem adotar uma postura ainda mais moderada em seus investimentos”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller.
A maior parte dos recursos previstos para 2014 (68%) deverá ser aplicada na continuidade de projetos, e o restante (32%) em novos. Nos dois casos, o índice ficou 10 pontos percentuais abaixo do resultado estimado para 2013. Os industriais também afirmaram que vão diminuir a participação de capital próprio, passando dos 55,7% utilizados no ano passado para 45,7%. Os empresários disseram ainda que vão prospectar mais financiamento de terceiros, principalmente junto aos bancos oficiais de desenvolvimento.
A aplicação dos investimentos das indústrias gaúchas em 2014 para elevar os ganhos de competitividade será na melhoria do processo produtivo atual (41,5%), seguido pela expansão da capacidade instalada (19,1%) e introdução de novos produtos (18,1%). Esses investimentos terão como foco apenas o mercado consumidor interno, segundo 68,1% dos entrevistados. Já 4,9% garantiram que usarão exclusivamente para ampliar as vendas externas. Os demais (27,1%) prospectarão nos dois mercados. O percentual de empresas que em 2013 conseguiram realizar os projetos como estava planejado (80,8%) é inferior ao de 2012 (81,3%), 2011 (88,1%) e 2010 (88,3%).
Industrial gaúcho reduz investimentos em 2014
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