O Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) para gaseificação do carvão de Candiota proposto pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM) ao Governo do Estado foi destaque na edição de janeiro da revista norte-americana especializada em energia, HartEnergy. Referência no setor energético, a publicação detalhou os objetivos da CRM em investigar as aplicações do carvão da cidade de Candiota acerca de suas propriedades químicas e físicas para escolha da melhor tecnologia aplicável na gaseificação, bem como a melhor vocação para o gás de síntese gerado.
O presidente da CRM, Elifas Simas, destacou na entrevista concedida à revista que o estudo pretende abrir caminho para uma planta de gaseificação em que a geração de diversos produtos e sua exploração econômica esteja alinhada às capacidades e possibilidades de mercado. "Os atributos de um carvão e seu custo de extração podem permitir ou não, um projeto de gaseificação. Atualmente, o carvão da jazida de Candiota é usado apenas em termeletricidade , com queima direta", disse.
Segundo a matéria, a gaseificação permitiria ao Estado do Rio Grande do Sul a produção de energia elétrica de forma economicamente sustentável e com menor impacto ambiental, além de contar com alternativas ao gás natural proveniente do gasoduto Brasil-Bolívia."Uma única fonte de fornecimento leva sempre algum risco ao país. Além disso, uma média de 3 milhões de metros cúbicos por dia são consumidos no RS, o que representa o volume que corresponde ao limite de capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil.
O P&D é um primeiro passo para desenvolver uma estratégia com base na gaseificação industrial do carvão de Candiota. Com o processo, abre-se a possibilidade da planta de gaseificação exportar energia para outros clientes no Brasil por meio de leilões do Ministério de Minas e Energia.
Publicação norte-americana destaca projeto gaúcho
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