Os impactos econômicos do evento Copa 2014 no Rio Grande do Sul foram apresentados, nesta quarta-feira(19), durante coletiva de imprensa na Fundação de Economia e Estatística (FEE), em Porto Alegre. Os dados foram divulgados pelo secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta e o presidente da FEE, Adalmir Marquetti.
O estudo classificou os ganhos para o Estado em dois níveis: as obras e melhorias da infraestrutura e gastos com turistas durante a realização do evento e a publicidade mundial, com possibilidade de alcance de mais 1 bilhão de pessoas em todo o mundo durante o período de duração do evento em Porto Alegre.
Segundo o secretário João Motta foram estimados os impactos diretos e indiretos dos gastos dos turistas no comércio local para as variáveis Produto Interno Bruto - PIB, arrecadação do ICMS e emprego. "O cenário a partir das estimativas da Fecomércio, de que o valor em gastos com os turistas alcance R$ 360 milhões, irá gerar uma elevação no PIB de cerca de R$ 500 milhões, um incremento de R$ 35 milhões no ICMS e a geração de mais de 12 mil empregos para o RS".
Para o presidente da FEE, grande parte das obras de infraestrutura de Porto Alegre irá permanecer na cidade. "Nossa avaliação, do ponto de vista financeiro, é que a Copa terá um efeito positivo tanto para o Rio Grande do Sul, quanto para o Brasil".
O estudo aponta, ainda, que dados recentes da Embratur estimam que 207,9 mil turistas entre brasileiros e estrangeiros deverão ser atraídos ao Estado durante realização dos cinco jogos previstos entre 15 e 30 de junho, especificamente para o evento.
Estruturas temporárias
Durante a coletiva o secretário João Motta falou sobre a criação, através de projeto de lei, protocolado na Assembleia Legislativa, de um instrumento jurídico específico para a Copa, com objetivo de captar recursos através da iniciativa privada para investimento nas estruturas temporárias. O montante, entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, que ainda está em negociação, envolve a participação de todos atores, Governo Federal, através do Ministério dos Esportes, Governo do Estado, Prefeitura, COB e Sport Club Internacional.
Segundo o secretário foi estabelecido um consenso entre todos para preservar a Copa. "Queremos aqui atrair parceiros privados, e que já fazem parte do processo, usando instrumentos legais para preservar a Copa no Rio Grande do Sul".