Uma das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo, o Aeromóvel, já transportou, em caráter de operação experimental, 270 mil passageiros e ultrapassou a marca das 15 mil viagens. Implementado para conectar o metrô ao aeroporto, o meio de transporte tem um consumo médio de energia para operação de apenas 1,92kWh/km – três vezes menos do que o BRT, modelo tradicional de transporte coletivo. Novidade no Brasil, esse sistema já está consolidado na Indonésia, onde completa 25 anos de utilização.
O Aeromóvel opera desde 20 de abril de 1989 em Jacarta, capital da nação asiática. Para Edmundo Fujita, ex-embaixador do Brasil no país, foi o “o maior, mais importante e característico empreendimento brasileiro de engenharia no sudeste asiático já realizado, constituindo-se em um notável modelo de cooperação entre dois países tão diferentes”.
Atualmente, dois veículos, com capacidade para 104 passageiros sentados, transportam o público que visita o complexo cultural Taman Mini Indonesia Indah – que reúne cinemas, teatros, museus, hotéis, entre outras atrações. A linha tem 3,1 quilômetros e possui quatro estações. Desde a sua inauguração, o Aeromóvel de Jacarta nunca teve suas operações interrompidas por problemas técnicos ou incidentes de outra natureza.
Além de levar uma inovação brasileira à Indonésia, o aeromóvel abriu muitas outras portas comerciais entre as duas nações. Em 2011, as exportações do Brasil para aquele país somaram US$ 1,7 bilhão, sendo US$ 201,7 milhões apenas do Rio Grande do Sul.
O Aeromóvel foi concebido na década de 1970 por Oskar Coester, fundador e diretor-presidente da Coester. A empresa de São Leopoldo é especializada no ramo de atuadores elétricos e redutores, conectores para redes industriais e automação em mobilidade urbana. Em 2013, a presidente da República, Dilma Rousseff, participou da cerimônia de inauguração do Aeromóvel em Porto Alegre e fez questão de ressaltar a inovação tecnológica e o caráter sustentável do sistema idealizado pelo empresário gaúcho.