O Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre, reuniu nesse final de semana (26 e 27) milhares de pessoas interessadas em contribuir para o sucesso da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. São brasileiros e estrangeiros de diferentes faixas etárias que integram o Brasil Voluntário - programa desenvolvido pelo Governo Federal – e atuarão por quatro horas diárias durante o Mundial da FIFA na cidade-sede gaúcha. No Tesourinha, os voluntários participaram da última etapa de preparação para a Copa 2014: a capacitação presencial.
“Os voluntários são fundamentais para que realizemos uma grande Copa do Mundo. São eles que irão receber bem o turista. Serão os primeiros anfitriões”, destacou Paulo Conceição, coordenador de Voluntariado do Comitê Gestor da Copa 2014 no RS (CGCopa)
Serão quatro finais de semana dedicados à qualificação, cada um com um assunto diferente. Nesse primeiro encontro foi abordado o tema Turismo. Segurança e Primeiros Socorros, Integração, e Mobilidade completam os quatro módulos temáticos.
A capacitação presencial é a oportunidade de interligação entre os coordenadores e voluntários e entre aqueles que atuarão juntos. Para o coordenador do Programa em Porto Alegre, Marcio Gilberto Silva de Souza, todos integram um time. “Nós não estamos tratando, nesse momento, com o titular nem o reserva, nós estamos preparando 1.200 voluntários para atuar em Porto Alegre. Nós somos uma equipe e essa equipe é que vai trabalhar”, destacou.
Valorização profissional e serviço à comunidade
Além de colaborar com o atendimento aos visitantes, a jovem jornalista Thaís da Costa vê no serviço voluntário da Copa uma oportunidade de qualificação no seu currículo profissional. “Eu me interessei mais por um incremento ao meu currículo e à possibilidade de ter contato com estrangeiros, de exercitar a língua estrangeira, e de também me sentir útil em um período desse tipo”, disse ela que fala inglês, francês e holandês fluentemente – idiomas de seleções que jogarão em Porto Alegre. Moradora de Rio Grande, no sul do Estado, Thaís se organizou para que pudesse vir todos os dias de capacitação e ficar disponível durante a Copa.
Já para a professora aposentada, Graciela Reyna Quijano, 66 anos, atuar na Copa do Mundo é uma forma de retribuir as conquistas que ela teve em solo brasileiro. Argentina, mas no Brasil desde jovem, ela estudou e deu aulas em universidades públicas. “Então eu tenho uma gratidão e uma obrigação de retribuir tudo que esse país me facilitou”, afirma. Durante o tempo que era professora universitária, ela desenvolveu muitos trabalhos de extensão, que ela também considera “um voluntariado, uma atenção à cidadania”. Dessa forma, o voluntariado no megaevento da FIFA é uma maneira de “continuar, tentar prestar um serviço para a comunidade, para o Brasil, para a Copa”.
A professora é uma das colaboradoras que faz com que Porto Alegre seja a cidade-sede com maior número de voluntários da terceira idade. “Desde um trabalho que vem se desenvolvendo há dois anos, nós tivemos uma orientação de que esse seria um programa da inclusão social”, afirmou o coordenador. Para tanto, além de terceira idade, o programa inclui também portadores de deficiência.
Com informações do Governo do Estado